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A vida das mulheres muçulmanas


A vida das esposas muçulmanas está cheia de estereótipos criados por estrangeiros que não entendem a sua cultura e é muito difícil distinguir entre o que é verdadeiro e o que é falso.

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Descubra abaixo um pouco mais sobre como essas mulheres vivem!

Casamento contratual

© S.M. Samee/ wikimedia  

A metade dos casamentos em muitos países árabes ainda são baseados na vontade dos pais. No entanto, se a mulher não gosta do namorado, ela tem o direito de rejeitar a proposta de ser sua esposa.

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O contrato de casamento é necessariamente assinado. Ao contrário do resto do mundo, nos países árabes eles obedecem estritamente a essa regra.

As mulheres raramente se casam com homens estrangeiros, porque casando-se com eles, elas podem expulsá-los do país (em caso de divórcio, etc). Os homens têm uma posição mais privilegiada, é permitido se casar com cristãs ou judias, mas, neste caso, as mulheres não obtêm cidadania. Em caso de divórcio, as crianças ficam com seu pai.

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A idade para se casar

Na maioria dos países árabes, a idade mínima para o casamento entre homens e mulheres é de 18 anos. Embora em alguns regiões mais pobres ainda pratique-se casamentos precoces, principalmente através da venda de meninas a homens mais velhos. Por exemplo, mais da metade das mulheres na Arábia Saudita e no Iêmen se casam antes de completarem 18 anos.

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Como os casamentos são celebrados

© gold.people/instagram  

Os costumes variam de acordo com o país, mas muitas vezes a noiva árabe celebra o casamento separadamente. Ou seja, noiva e noivo não ficam juntos durante a festa.

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O casamento masculino não pode ser celebrado no mesmo dia do da noiva. As cerimônias do noivo não duram mais de 4 horas, e são realizadas de forma tradicional com um jantar. Os casamentos da noiva são mais luxuosos: salas grandes, com garçons e artistas.

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O casamento feminino é uma oportunidade para se vangloriar de seus atributos físicos, uma vez que, normalmente, essa beleza está escondida sob hijabs e abayas – é por isso que, nesses casamentos, apenas as mulheres são convidadas, pois homens não devem enxergar as mulheres sem que estejam cobertas.

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A chegada do marido é notificada com antecedência para que todas as damas se vistam adequadamente. Se o marido chegar com seus irmãos ou seu pai, mesmo assim a noiva também se cobrirá com um abaya branco, pois nem mesmo os parentes do sexo masculino devem ver a sua beleza.

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Não é bom dar dinheiro ou utensílios para o casamento. Como presente para a noiva, costuma-se presentear-lhe com jóias e outros adereços.

Poligamia

© mozabintnasser/instagram  

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A maioria dos casamentos são monogâmicos. O Islã permite até quatro esposas, mas cada uma delas deve ter sua própria casa, presentes, atenção e jóias de mesmo nível. Por causa disso, ter várias esposas é um privilégio dos xeques e dos ricos.

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O primeiro casamento é o mais importante. Não importa quantos casamentos o homem tenha, o primeiro é “o grande casamento”. É considerado o principal e a esposa é tida como “a maior”.

Se o marido se casa novamente, as outras cônjuges devem aceitar-se. Elas têm de obedecer a vontade do homem, sem demonstrar ciúmes. Normalmente, todas as esposas vivem em suas próprias casas e raramente se vêem.

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Divórcio

© East News  

De acordo com um costume antigo, se um homem deseja se divorciar de sua esposa, basta dizer “vá-te” três vezes. Depois disso, a mulher deve deixar a sua casa carregando apenas as coisas que está usando naquele momento – por isso é costume que as mulheres usem todas as jóias de uma só vez. Na verdade, os divórcios por iniciativa dos homens raramente acontecem. Além disso, em caso de divórcio, as crianças ficam com o pai.

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Uma mulher pode se divorciar se seu marido não a mantém bem. No mundo árabe, o homem expressa seu amor não com flores, mas com ouro e jóias. Se você tem várias esposas, você deve dar a mesma atenção e presentes a cada uma. Caso não receba esse tipo de atenção, a esposa pode pedir divórcio.

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Direitos das mulheres

© arabian__girl/instagram  

Apesar dos estereótipos, sob a ótima muçulmana, a mulher árabe é altamente respeitada pelos homens.

As mulheres árabes estavam entre as primeiras a obter o direito de se casar por vontade própria, a se divorciar e a ter propriedades. Isso já aconteceu no século VII, enquanto que em outros países as mulheres não tinham essa oportunidade. As leis muçulmanas consideravam o casamento entre um homem e uma mulher como um contrato que só poderia entrar em vigor com o acordo de ambas as partes.

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Há dias semanais para mulheres. Uma vez por semana, todas as praias, spas e estética dos Emirados Árabes atendem apenas as mulheres. O acesso aos homens é proibido.

No entanto, a esposa de um marido muçulmano tem que fazer tudo com a permissão do marido. Para ir a algum lugar, ela tem que avisá-lo e receber sua confirmação.

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Vestuário

© arabian__girl/instagram   © sabrinemaghnie/instagram  

As mulheres têm que esconder seus corpos com roupas longas e um véu. Ao sair, elas têm que colocar um manto de seda que cobre seu corpo até os tornozelos e o rosto deve ser coberto com um lenço. Uma vez que sua beleza só pertence a seu marido, outros homens não têm permissão de vê-la.

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Kuwait é o único país árabe onde as mulheres usam roupas européias. No entanto, ela tem que estar bem coberta.

Em países como o Iêmen e o Sudão, os costumes antigos ainda são preservados e exige-se que as mulheres usem um manto preto que as cobre completamente, da cabeça aos pés.

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Educação e trabalho

© songriverflow/imgur  

Que uma mulher receba educação não é algo proibido. Muitas mulheres árabes vão para o exterior para estudar, por exemplo.

O trabalho doméstico é obrigação da mulher. No entanto, nos países ricos esta obrigação é deixada para as criadas e a tarefa principal das esposas é cuidar dos filhos.

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Nos Emirados Árabes, 2% das mulheres ocupam cargos gerenciais, 20% ocupam cargos administrativos; elas representam, no total, 35% da força de trabalho do país. Além disso, nos Emirados Árabes Unidos, as mulheres podem ocupar cargos de juízas e trabalhar em escritórios governamentais. No entanto, em muitos países árabes, uma mulher não pode trabalhar sem a autorização do marido.

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