Até alguns anos atrás a transição capilar não era algo tão comum assim.
A nossa sociedade acreditava que existiam dois tipos de cabelo: um bom e outro ruim. Aqueles que tivessem o cabelo “ruim” sofriam uma terrível discriminação e praticamente eram forçadas a apelar para diversos tratamentos químicos que alisava os belíssimos fios cacheados e os deixava em uma condição extremamente precária no processo.
Hoje, essa cultura que coloca o padrão eurocêntrico no topo da escala de beleza, felizmente está começando a se esvair. Ainda que seja preciso de muitas lutas para que diversos tipos diferentes de preconceitos sejam vencidos, não podemos deixar de lado as vitórias que cada uma das pessoas com cabelos crespos ou cacheados já conseguiram ao dar o primeiro passo para sua transição capilar.
O processo em si não é complicado. Porém, é muito trabalhoso e é necessário que cada um que aceite passar por ele esteja preparado para uma mudança que não é só física. A transição envolve uma luta para ganhar auto-estima, quebrar preconceitos enraizados em si mesmo, compreender sua própria beleza e resgatar a identidade tomada por uma ideologia errônea de beleza.
Muitos famosos estão dando exemplo, tomando o primeiro passo desse complicado processo para aceitar seus cachos. Uma dessas pessoas é a cantora natural do Rio de Janeiro, Ludmilla.
“Eu fui criada achando que cabelo crespo, cacheado e enrolado era a coisa mais feia do mundo e que aquilo não era normal“, ela disse no vídeo, publicado em abril deste ano, onde anunciou sua transição.
Desde os seus 7 anos de idade, a cantora alisava os seus fios com formol. No inicio ano, ela finalmente decidiu abraçar os seus cabelos crespos e, hoje, 8 meses após o início da transição, mostra o belíssimo resultado na capa da revista Cosmopolitan de dezembro.
View this post on InstagramADVERTISEMENT "Alisava meu cabelo desde os 7 anos.
Quando eu era pequena, estudava em escola particular e todo mundo tinha cabelo liso. O meu era o único cabelo diferente, crespo. E eu, que queria ter o cabelo igual ao delas, ficava passando formol na cabeça", disse Lud na entrevista.ADVERTISEMENT E aí, ansiosas para ver a matéria completa? ? (?: @raquelespiritosanto)
Na matéria com a revista de moda, Ludmilla disse que a ausência de diversidade estética em sua escola primária fez com que ela tivesse vergonha de seus cabelos. “Quando eu era pequena, estudava em escola particular e todo mundo tinha cabelo liso. O meu era o único cabelo diferente, crespo. E eu, que queria ter o cabelo igual ao delas, ficava passando formol na cabeça.“, revelou.
Em sua transição, Lud aderiu aos laces, uma espécie de peruca moderna, que foi colocada sobre os fios naturais trançados. “Usei mega hair por muito tempo. Quando cortei bem curtinho, meu cabelo estava quebrado e espigado. Foi quando eu comecei a tratar e vi que os cachos podiam ser bonitos“, afirmou em entrevista ao jornal Estadão.
A cantora ainda deu um show de sabedoria ao deixar um conselho para aqueles que querem dar o primeiro passo e embarcar nessa luta junto com ela: “A pior parte do processo é não ter o resultado que você quer logo de cara. Mas foca que dá para fazer e vale muito a pena. Nunca mais você vai ficar com o couro cabeludo ardido. Ser você mesma é maravilhoso.“, disse.
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