Quando se fala em “terapia robótica“, algumas pessoas podem até assustar por parecer algo bem distante do nosso presente.
Entretanto, a aplicação desse termo já é bem real e está mudando a vida de muitas pessoas para melhor por aqui no Brasil, há pelo menos cinco anos.
A técnica consiste no uso de robôs para o tratamento de reabilitação de pessoas que passaram por doenças ou acidentes que limitaram os seus movimentos. A cada dia que se passa, essa intervenção se mostra como uma solução muito eficiente na ativação de áreas cerebrais de pacientes em busca de sua recuperação motora.
Apesar da grande ajuda na recuperação destas pessoas, esse tipo de técnica não substitui de nenhuma forma outras, como a fisioterapia ou a terapia ocupacional. É justamente o contrário, pois, no final das contas, todos esses tratamentos são eficientes e devem ser feito de maneira complementares.
Como essa terapia futurística funciona?
“O movimento está no cérebro, é onde se controla tudo“, explica André Sugawara, médico fisiatra da Rede de Reabilitação Lucy Montoro. “A máquina faz o paciente aprender novamente os movimentos, é um treinamento cognitivo“, revela.
Maquinário
Os equipamentos mais comuns utilizados no tratamento são uma máquina com um apoio para os braços ou uma espécie de armação que sustenta a caminhada da pessoa. Entretanto, ainda existem uma outra dezena de ferramentas adaptadas para cotovelos, punho, aperto de mão etc., que praticamente funcionam como jogos que simulam atividades comuns do dia a dia.
A máquina funciona captando as falhas dos movimentos do paciente que está a operá-la. Ela percebe os todos erros de precisão e velocidade no movimento do paciente e os corrige com respostas imediatas. Enquanto isso, um sistema que opera em conjunto com a máquina registra todas as informações obtidas em uma espécie de ficha de caso do paciente.
© SECRETARIA DE ESTADO DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Modulação do cérebro
“A máquina ajuda o paciente a corrigir estes erros e vai deixando o movimento cada vez mais autônomo“, conta André Sugawara. Quanto maior for a autonomia do movimento, mais rápido o cérebro do paciente aprende a executá-lo novamente.
Esse exercício é chamado de neuromodulação pelos especialistas. Ele interfere diretamente nas habilidades neurais que tornam o corpo capaz de executar comandos com mais precisão.
Como funcionam as sessões de terapia robótica?
Ao todo, uma sessão desse tipo de terapia pode durar até mesmo menos de dois minutos. “É muito variável. O paciente está muito focado, não se consiga absorver o aprendizado, e está exigindo o treinamento mental. Nas primeiras sessões, é comum que haja cansaço muito rapidamente.“, explica Sugawara.
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O máximo de tempo que o tratamento pode levar normalmente é de 30 a 45 minutos. Isso acontece por que o desgaste mental gerado caso passasse desse tempo seria tão grande que poderia prejudicar as outras terapias pelas quais os pacientes passam.
Sugawara ainda contou como já pode observar evoluções rápidas de atividades do cotidiano, como aplicar desodorante sozinho; em apenas duas sessões o paciente já estava conseguindo fazer aquilo sem nenhuma dificuldade. “O importante é o aluno entenda que não é um ganho de força, mas um treino de aprendizado, como uma sala de aula, onde o foco é fundamental“, ele diz.
Para quem essa terapia é destinada?
Qualquer tipo de paciente com dificuldades de movimento são o alvo desse tratamento. Geralmente ele é mais indicado para pessoas que, por exemplo, sofreram AVC, lesões medulares, paralisias cerebrais ou amputações. “Tudo que envolve aprendizado cognitivo, pode ser aplicado o robô“, o médico afirma.
Para realizar este tratamento, entretanto é necessário que o paciente tenha superado ou contido qualquer tipo de transtorno mental, como a depressão ou a ansiedade. A Terapia Robótica depende muito do foco e da capacidade mental do paciente, e até para a própria segurança dele, é melhor que sua saúde mental seja estável no momento do tratamento.
© ANDRESR/ISTOCK
O tratamento é disponibilizado no estado de São Paulo, e para tentar sua chance em uma terapia como essa, você só precisa entrar no site da Rede Lucy Montoro e se inscrever!
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