Diego Saldanha estava cansado de ver tudo quanto é lixo boiando no rio que passava próximo a sua casa.

Latinhas, garrafas pet, fogão, produtos de limpeza, era possível encontrar tudo quanto é tipo de coisa no rio Atuba, na cidade de Colombo, no Paraná.

Ele, que cresceu na região e já nadou e pescou muito no rio, não aguentava mais ver a situação das águas piorar progressivamente. Mesmo com muitas reclamações da população sobre o problema, ninguém fazia nada, muito menos o poder público. Então Diego, que trabalha vendendo frutas nos semáforos, decidiu arregaçar as mangas para salvar o rio e garantir que seus filhos possam usufruir do Atuba assim como ele.

Com as próprias mãos, Diego construiu uma ecobarreira, usando galões de água vazios e redes de proteção. Por mais que pareça uma construção simples, há uma ciência por trás, que faz com que a barreira acompanhe o nível da água e seja extremamente eficaz na filtragem das impurezas.

Desde que foi colocada, em um local estratégico, no início de 2017, estima-se que a ecobarreira já tenha tirado uma tonelada e meia de resíduos do rio. Tudo o que é reciclável é encaminhado ao colégio dos filhos de Diego para ser vendido e arrecadar fundos para a instituição. Até agora, já conseguiram mais de mil reais.

 

Os objetos mais “estranhos” são retirados do rio e ficam expostos em uma espécie de museu criado para conscientizar a população e visitantes. Alguns objetos curiosos que estão expostos são: uma cadeirinha infantil para carros, um motor de máquina de lavar, um aquecedor elétrico e bonecas, que a mãe de Diego reforma e vende no brechó que tem na cidade.

A ecobarreira de Diego fez tanto sucesso que agora ele é convidado a fazer palestras em colégios.

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