A procuradoria-geral de NSW e grupos feministas expressaram preocupação depois que um pregador em Sydney anunciou que era um “grande pecado” as esposas se recusarem a fazer sexo com seus maridos.
O sunita fundamentalista Nassim Abdi disse, em uma mesquita de Auburn, que uma mulher seria amaldiçoada por anjos caso se negasse à intimidade conjugal.
Ele disse na noite de sexta-feira: “Se o marido chama a esposa para a intimidade e não há razão legítima para a mulher dizer não, ela deve atender ao chamado do marido”.
”Se ela não fizer isso, estará cometendo um grande pecado”.
”Se o homem chama a esposa para a cama e ela se recusa, os anjos amaldiçoam essa mulher e ficam em volta dela, fazendo-lhe mal até que ela corrija a sua postura”.
A feminista Eva Cox descreveu o pregador muçulmano como um “maluco”, mas enfatizou que o Islã não era a única religião com fundamentalistas que desrespeitavam os direitos das mulheres.
Ela disse ao Daily Mail: “Alguém precisa informar ao pregador que ele está defendendo algo ilegal . Pregar algo que é ilegal talvez deva ser banido. Sinto muito por termos que conviver com esses malucos”.
A professora Catharine Lumby, da Universidade Macquarie, descreveu o sermão como “discurso de ódio”.
Ela disse: “Esse tipo de discurso deveria ser investigado. Eu acredito na liberdade de expressão, mas também acredito em limites à liberdade de expressão quando a violência está sendo defendida”.
”É absolutamente contra a lei neste país o que ele está defendendo. O que ele disse é uma forma de discurso de ódio”.
Ela também acrescentou que o sermão pode permitir que homens muçulmanos cometam violência doméstica. “Eu diria que a sua fala é uma incitação para que homens cometam crimes domésticos: ele basicamente disse que, se a esposa não se submeter, o marido ainda assim tem o direito de fazer sexo com ela. Isso é um crime sob a lei australiana”.
A professora Lumby acrescentou: “ Chocante. Quanto mais eu penso sobre o que este pregador fundamentalista disse, mais perplexo eu fico. De certa forma, ele está defendendo a violência doméstica”.
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