Ser um soldado é extremamente estressante.
Eles não lutam para si mesmos, mas por uma causa e para salvar os outros. O autossacrifício é um imperativo na vida de um soldado. E, após meses longe de suas famílias, chegar em casa é emocionante para eles.
Todo soldado sonha com esse dia, aliás. O dia em que finalmente voltará para casa e ficará perto de sua família novamente… mas nem todas as histórias têm o final feliz, especialmente na vida do soldado.
Essa é a história de Q., um soldado que esteve preso na Coréia por um longo tempo. Quando finalmente chegou seu momento de regresso, ele fez um telefonema de Los Angeles para seus pais.
O rapaz disse: “Mamãe e papai, volto para casa, mas tenho um favor para pedir. Eu tenho um amigo que eu gostaria de trazer para casa comigo”. Eles responderam positivamente que com certeza ele poderia trazer seu amigo. “Claro, gostaríamos de conhecê-lo”.
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Mas Q. ainda não havia terminado. Ele acrescentou: “Há algo que vocês deveriam saber”. Então ele continuou: “Ele foi gravemente ferido no campo de batalha. Ele pisou numa bomba e perdeu um braço e uma perna. E, mãe, pai: ele não tem para onde ir. Por isso quero que venha morar conosco”.
ADVERTISEMENT Os pais sentiram pena do amigo do filho, e disseram: “Sinto muito em ouvir isso, filho. Talvez possamos ajudá-lo a encontrar um lugar para viver…”. Mas Q. não aceitou essa resposta. Não era isso o que havia dito. “Não, mãe e pai, eu quero que ele viva conosco!”.
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Então o pai de Q. lhe explicou o motivo pelo qual ele não queria que seu amigo ficasse na casa deles: nem ele nem a mãe de Q. ficariam confortáveis nessa situação.
“Filho, você não sabe o que você está pedindo. Alguém com um problema como esse seria um fardo terrível para nós. Temos nossas próprias vidas para viver, e não podemos deixar que algo assim interfira com nossas vidas. Eu acho que você deveria voltar para casa e esquecer esse cara. Ele encontrará uma maneira de viver sozinho. Isso não é problema nosso, afinal!”
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Os comentários do pai foram duros, mas é verdade que poucos de nós estão prontos para assumir as responsabilidades dos outros. Uma vez que o amigo do filho passasse a morar com eles, obviamente a vida diária de todos eles mudaria.
Mas havia uma coisa importante que os pais de Q. ainda não sabiam.
O filho desligou o telefone quando ouviu a resposta do pai. Ele ficou muito desapontado. Por alguns dias, Q. não fez nenhum contato com seus pais. Eles pensaram que não era nada sério e que o filho estava apenas abalado emocionalmente com a condição do seu amigo, então não se incomodaram. Depois de alguns dias, eles receberam uma ligação.
O telefonema era da polícia de Los Angeles. Eles estavam ligando para que eles soubessem que seu filho havia morrido depois de cair de um prédio. A notícia mais chocante foi que a polícia suspeitava que a morte não havia sido um acidente, e sim um caso de suicídio.
Os pais de Q. voaram imediatamente para Los Angeles, onde reconheceram o cadáver do rapaz. Imagine como deve ser difícil para os pais verem o cadáver de um filho. Mas havia uma surpresa maior.
O corpo deitado na maca tinha apenas um braço e uma perna. Eles perceberam que o amigo sobre o qual o filho falava não era ninguém, senão ele mesmo. Os pais desataram a chorar copiosamente. O remorso era tamanho que eles não conseguiam respirar.
Esse tipo de história nos ensina muitas coisas. Pessoas como Q., seu amigo deficiente e seus pais fazem parte da nossa sociedade, do nosso dia a dia. Sim, talvez não pensemos como os pais de Q., mas há muitas pessoas que agem e pensam dessa forma. É fácil para nós nos relacionarmos com alguém que seja bonito e saudável. Mas e as pessoas que precisam de uma pequena ajuda – você está pronto para apoiá-los? Ou nossa disposição se baseia apenas na estética, na conveniência?
Felizmente, há pessoas que ainda têm amor em seus corações. Há sempre alguém que vai tratar você com amor e respeito incondicionais. Não importa o que lhe aconteça, essas pessoas o receberão de portas abertas. E, sim… é muito triste quando a nossa própria família não se encaixa no perfil dessas pessoas.
Devemos tratar os outros da maneira como desejamos ser tratados. Devemos ter uma mente aberta para aceitar nossos irmãos, independentemente da forma, da riqueza, da origem, etc. Se eles são diferentes, é o nosso amor que pode fazê-los sentir-se confortáveis novamente. Em breve eles se sentirão como um de nós. O mundo seria um lugar mais feliz se adotássemos esse tipo de postura.
Q. é um nome fictício. O nome original do soldado foi preservado em respeito à sua família.
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