Nos últimos anos, o óleo de coco se popularizou rapidamente, se tornando o queridinho dos nutricionistas e das pessoas que procuram manter uma alimentação mais saudável. No entanto, a epidemiologista Karin Michel, da Universidade de Harvard, afirmou que o produto é, na verdade, “puro veneno”.
A afirmação foi feita em uma palestra intitulada “Óleo de Coco e outros Erros Nutricionais”, realizada na Universidade de Freiburg, na qual ela é responsável pelo Instituto para Prevenção e Epidemiologia de Tumores. O vídeo postado no Youtube repercutiu imediatamente e se tornou viral em poucas horas.
Michel chegou a afirmar que o óleo de coco “é uma das piores coisas que alguém pode comer”, pois é formado, basicamente, por ácidos graxos saturados, responsáveis por aumentar o colesterol tanto bom quanto ruim. Sendo assim, apresenta mais riscos de entupir as artérias. Tornando-se ainda mais perigoso que a banha de porco.
Ano passado, a American Heart Association (Associação Americana do Coração), também divulgou um estudo que recomendava que a população evitasse alimentos ricos em gorduras saturadas.
No entanto, ao que tudo indica, os benefícios e malefícios do óleo de coco ainda serão muito debatidos pelos cientistas. Grande parte dos especialistas acredita que a fala de Michel é radical demais, assemelhando-se ao outro extremo: pesquisadores que acreditam que o produto cura doenças.
Assim como aconteceu com outros alimentos no passado, como ovo, banha e margarina, ainda é muito cedo para bater o martelo sobre óleo de coco ser um mocinho ou um vilão. Para estudiosos da área, ainda faltam muitos dados e outras pesquisas para chegar a uma conclusão definitiva. Ao que tudo indica esse assunto ainda vai criar muita controvérsia durante os próximos anos (ou décadas).
Diante da enorme repercussão, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) divulgaram uma nota sobre a afirmação:
“Considerando que não há qualquer evidência nem mecanismo fisiológico de que o óleo de coco leve à perda de peso.
Considerando que o uso do óleo de coco pode ser deletério para os pacientes devido à sua elevada concentração de ácidos graxos saturados, a Sbem e a Abeso posicionam-se frontalmente contra a utilização terapêutica do óleo de coco com a finalidade de emagrecimento, considerando tal conduta não ter evidências científicas de eficácia e apresentar potenciais riscos para a saúde.”
De acordo com estas entidades, o uso regular do óleo de coco para frituras realmente não é recomendável. “O uso de óleos vegetais com maior teor de gorduras insaturadas (como soja, oliva, canola e linhaça) com moderação, é preferível para redução de risco cardiovascular.”
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