Conta a lenda chinesa que a terra seria o Reino do Meio celeste, onde as estrelas nunca se punham.
Os imperadores, nessa época, eram tidos como Filhos dos Céus, atuando como mediadores entre o Céu e a Terra. Os imperadores contavam com astrólogos exclusivos para si, os chamados astrólogos imperiais, que o ajudavam a prever e interpretar os sinais celestes, os dias da mudança das estações, etc, o que legitimava o seu poder sobre os súditos. A astrologia era tão influente na China antiga, que até mesmo os palácios era construídos de forma a se adequarem à simbologia e a disposição dos astros. Da mesma forma, havia um palácio para cada estação do ano: o palácio de verão tinha as portas apontadas para o Sul e o da primavera, para o Leste; o palácio do inverno tinha as portas apontadas para o Norte e o do outono, para o Oeste. Os imperadores habitavam cada palácio durante as estações de ano e, ao realizarem audiências com seus conselheiros, voltavam-se sempre para o Sul, na direção do povo, simbolizado pela Estrela Polar.
Mas por que os signos chineses são diferentes dos ocidentais? Bom, é porque os antigos chineses observavam as constelações circumpolares (hsui), cujas estrelas eram visíveis durante a noite toda e durante o ano todo, e cada uma dessas constelações pertencia a um palácio celeste e recebia o nome de algum animal.
A constelação do Morcego, por exemplo, se situava nos domínios do Palácio do Norte. Ainda que se diga que o Zodíaco chinês tenha sido criado 500 a.C., o uso dos animais na simbologia parece ser ainda mais antigo que isso.
Existem muitas variações da lenda que deu origem ao zodíaco chinês.
Segundo alguns, houve um dia em que Buda convidou todos os animais para uma festa de Ano Novo, prometendo-lhes uma surpresa. Mas apenas doze animais compareceram e por isso ganharam um ano só para si, de acordo com a ordem de chegada: o Rato, o Boi, o Tigre, o Coelho, o Dragão, a Cobra, o Cavalo, a Cabra, o Galo, o Macaco, o Cão e o Porco.
Segundo o antigo texto budista, cada animal realizava as suas determinadas tarefas, pregando e convertendo os ensinamentos budistas, enquanto os outros onze praticariam o bem em silêncio. Assim, cada animal oferece um aprendizado diferente: o Rato, por exemplo, procura persuadir os nativos do seu signo a praticarem boas ações e a corrigirem maus temperamentos.
Outra lenda da mitologia chinesa conta, no entanto, que o senhor dos céus, o Imperador de Jade, estava celebrando o seu aniversário, quando se deu conta de que não havia forma de contar os anos e, portanto, não podia ter certeza da sua própria idade.
Por isso, o Imperador enviou servos à floresta para anunciarem que haveria uma corrida entre todos os animais e que os 12 vencedores receberiam um prêmio muito especial. O primeiro animal colocado daria o seu nome ao primeiro ano da Terra, e assim por diante, até o 12º ano.
No dia da corrida, todos os animais alinharam-se na linha de partida e foram avisados de que deveriam correr em direção ao rio. O rato chegou primeiro à margem, mas percebeu que seria necessário atravessá-lo para chegar depressa ao outro lado, uma vez que percorrê-lo demandaria muito tempo.
Enquanto pensava em como faria a travessa, o boi chegou. O rato, nesse instante, teve uma ideia. Perguntou ao boi: ”Você se importaria de me carregar através do rio? Eu sou tão leve que você não sentiria nada”. Bondoso, o boi concordou.
Carregando o ratinho na cabeça, o boi facilmente atravessou o rio. No entanto, ao aproximar-se da margem, o rato foi mais rápido e saltou em direção ao Imperador, sendo o primeiro a chegar na corrida. O Imperador, então, concedeu o nome do primeiro ano ao ratinho. Enganado, o boi ficou furioso por ter tido todo o trabalho sem mérito, porém o segundo ano ficou com o seu nome.
Houve um longo período até a chegada do tigre, que atravessara o rio a nado. O Imperador ficou admirado com os esforços do grande animal, oferecendo seu nome ao terceiro ano. Logo após, chegou o coelho, que foi acusado de trapaça, pois não teria como atravessar sozinho as águas.
O coelho então explicou que era verdade que não sabia nadar, mas que havia atravessado o rio saltando entre as pedras e navegando em cima de um tronco. Impressionado com a inteligência do coelho, o Imperador atribuiu-lhe o quarto ano.
Deliciado com a sagacidade e com a competência dos quatro animais, o Imperador estava contente com a execução do seu plano.
No entanto, ele esperava que o dragão tivesse sido o primeiro a chegar na corrida, visto que conseguia nadar e voar. No entanto, o dragão foi o quinto animal a chegar. Quando perguntado pelo Imperador sobre onde havia estado, o dragão respondeu que, ao ver o coelho tentando atravessar o rio em cima de um tronco, compadeceu-se e decidiu fazer chover, para que os ventos ajudassem o amigo.
A solidariedade do dragão surpreendeu positivamente o Imperador, que lhe deu o quinto ano.
Cansando, mas ainda assim nadando furiosamente, o cavalo estava prestes a alcançar a terra, quando percebeu por baixo de seus cascos a cobra. Seu susto fez com que o grande animal recuasse em choque, o que permitiu à cobra que chegasse antes dele, recebendo o sexto ano. O cavalo, portanto, chegou em sétimo.
O que mais surpreendeu a todos, principalmente ao Imperador, foi a chegada do galo, do macaco e da cabra, os quais optaram por atravessar juntos o rio dentro de uma jangada. Admirado com o excelente trabalho em equipe, o Imperador concedeu o oitavo ano à cabra, o nono ano ao macaco e o décimo ano ao galo.
Um longo tempo se passou até que o Imperador começasse a recear de que havia exigido demais dos outros animais, afinal a maioria era terrestre e não sabia como nadar. Surgiu do horizonte, no entanto, o cachorro, arfando contente por chegar. Contando ao Imperador que a água estava tão limpa e fresca, que não resistiu e quis banhar-se e brincar. Divertindo-se com a ingenuidade do cão, o Imperador atribuiu-lhe o décimo primeiro ano.
O porco não tardou muito a chegar, ocupando o último lugar (o décimo segundo ano). O Imperador tocou, então, a trombeta e parabenizou os animais pelos seus esforços, dizendo-lhes que seriam para sempre lembrados pelos seus feitos fantásticos e por suas qualidades inatas.
Em uma variação dessa última lenda, conta-se que tanto o rato quanto o gato dividiram espaço na cabeça do boi mas que, ao aproximarem-se da margem, o rato e o gato passaram a brigar pelo primeiro lugar. Ligeiro, o ratinho empurrou o felino ao rio. Por não suportar a água, o gato fugiu, saindo da corrida. E até hoje ratos e gatos são inimigos por causa disso.
Descubra o seu signo chinês aqui!
O ano novo chinês terá início em 16 de fevereiro de 2018 e terminará em 5 de fevereiro de 2019, visto que o calendário adotado pelos chineses é diferente do nosso. Segundo o calendário chinês, que segue o ciclo lunar e por isso inicia-se em meados de fevereiro, estamos entrando no ano 4716!
Em 2018 (ou 4716), o animal regente será o Cão de elemento terra! Entenda abaixo:
O Cão simboliza a tolerância, a empatia e a inocência. O ano regido por este animal traz consigo a força de valores como lealdade, honestidade, fidelidade e companheirismo.
Por outro lado, o Cão também traz consigo o desafio de confiar em novas pessoas, atirar-se em aventuras e novos projetos e o vício em agradar só por agradar. O disfarce da verdade pode levar alguém a iludir não só os outros, mas principalmente a si mesmo, e isso é perigoso quando se busca objetivos concretos, seja no amor, no trabalho ou na própria vida pessoal.
Regendo 2018, o Cão tempera o ano com oportunidades de expansão, principalmente no que tange a eventos culturais e de engajamento social. Todos nós devemos seguir nosso talento e vocação se queremos nos destacar em algo, certo? Pois no caso de Cão, pensar no próximo é a tônica de qualquer sucesso pessoal.
O caráter, a saúde espiritual e a moral serão questões fundamentais esse ano. Uma revisão de princípios levará as pessoas a melhorar seus conceitos de convivência em sociedade. O Cão também aponta para adaptabilidade: mude a rota do destino, transforme-se e empreenda (sempre com um mínimo de responsabilidade, claro).
Por cima de projetos mais antigos, surgirão novas responsabilidades: quais priorizar? E não chore pelo leite derramado: o Cão tem consigo bastante claro que toda ação constitui numa reação. Por fim, o animal guardião de 2018 guarda um conselho para você: evite desperdícios – seja de comida, de tempo, de água, de dinheiro, de energia com pessoas que não merecem a nossa estima… apenas não desperdice os seus esforços: direcione-os sensatamente.
Breve descrição do perfil de cada animal do Zodíaco Chinês:
Rato: tal como conta a lenda, o rato é articulado, imaginativo e intuitivo. Por reagir razoavelmente bem sob pressão, os nativos desse signo são resilientes e mestres em encontrar saídas para seus problemas.
Devem cuidar para não desenvolver um caráter oportunista devido à capacidade de enrolar as outras pessoas e levar vantagem naquilo que desejam. Financeira e profissionalmente erráticos, os nativos se comportam de maneira passional com o que é material, pois são sobretudo práticos e hedonistas, o que não quer dizer que não se beneficiem profissionalmente de sua imaginação empreendedora.
Mas é certo que planejamentos a longo prazo não lhes agradam muito. Contanto que vivam imensamente o hoje e o amanhã, que importa o ano que vem?
Boi: os nativos do signo de Boi têm uma natureza dócil, pacífica e gentil. Gostam de julgar as pessoas por suas ações, e não por suas palavras.
Ainda que confiem nos outros, não se pode chamá-los de inocentes: eles se tornam perigosos (em sua fúria) quando traídos. Há uma forte tendência à prosperidade nos negócios – os nativos de Boi são encaixados como profissionais leais, pacientes, honestos, práticos e justos.
Em sua vida pessoal, esses nativos são independentes e exigem ser respeitados em seu tempo e em sua disposição. O fato de não gostarem de receber ordens não significa que não sejam solícitos: é comum que os nativos de Boi tenham iniciativas importantes que facilitam a convivência de um grupo, mas eles definitivamente não gostam de ser comandados ou terem sua liberdade de escolha ameaçada.
Tigre: este nativo é forte, impetuoso, destemido, nobre, independente. Os nativos de Tigre gostam de competir e buscam somente os melhores resultados (ou as melhores colocações). É preciso cuidar para que ambições pessoais não esmaguem os sentimentos de outras pessoas, principalmente as que amamos.
O temperamento explosivo também pode dificultar as relações pessoais, mas nada que comunicação e amadurecimento não resolvam. No amor, o nativo do signo de Tigre tende a adotar uma postura protetora e estimulante: ao mesmo tempo em que estimula o seu amor a atingir os seus objetivos, toma como seus os empecilhos que impedem o parceiro de avançar.
É preciso distinguir quais batalhas são suas e quais são as do outro, certo?
Coelho: sensatez é a palavra chave para o Coelho. Os nativos são talentosíssimos na sua simplicidade: espertos, rápidos, afetuosos, talentosos (principalmente em trabalhos manuais) e muito perceptivos no que tange ao caráter alheio, é muito difícil enganá-los – até porque são muito charmosos e queridos.
No fundo do seu coração, guardam ambições realistas e pacientemente perseguem as suas metas. Não tente enganá-los: os nativos de Coelho são verdadeiros detectores de mentiras, e sua ética intrínseca dificilmente aceitará companhias desonestas.
Dragão: forte e admirado, o Dragão só se sente realizado quando consegue usar da sua grandeza para o benefício da maioria. Os nativos desse signo possuem padrões elevados e almejam a perfeição; no Oriente, é comum que se diga que os nascidos no ano do Dragão tendem a desgastar os chifres do destino, pois assumem muitas responsabilidades e e têm potencial de realizar grandes e fundamentais diferenças.
Os nativos aqui gostam de realizar coisas em grande escala, por isso desenvolvem uma visão mais macroscópica; nesse sentido, podem fazer bom uso de amigos com visão mais atenta aos pequenos detalhes. Tome cuidado com a tirania (mau uso da autoridade), o dogmatismo, a megalomania e o vício pelo poder.
Sua palavra não deve ser sempre a última: aprenda a comunicar-se, exercite escuta ativa, ouça realmente o que os outros têm a lhe falar. Você sabe que nasceu para dar o exemplo: portanto, dignifique-se.
Cobra: perspicaz, inteligente, impactante e intimidadora, a Cobra impressiona pelo seu cérebro e pela sua sensualidade.
Os nativos desse signo são investigadores natos e excelentes coletores de informação. Analíticos e competentes, eles não precisam fazer uso da sua sensualidade para destacar-se no trabalho e em outras esferas da vida, embora alguns ainda o façam.
Por alguma razão que os outros não sabem explicar, os nativos de Cobra parecem confidentes ideais – daí esses nativos acumularem tantos segredos e informações sobre tantas pessoas, ainda que nem queiram ter acesso a tudo isso. Por fim, é preciso atentar para a habilidade em manipular e mentir – ainda que esses recursos possam ser utilizados com elegância para fins positivos, até que ponto você está disposto em esticar os limites da sua ética?
Cavalo: charmosos, espertos, populares, animados e divertidos, esses nativos estão sempre conversando com alguém e emitindo opiniões, pulando de círculo em círculo social. Adaptabilidade e perspicácia são os seus fortes. Em seus relacionamentos, os nativos de Cavalo são tenazes, leais e esforçados, literalmente movendo montanhas em nome de amigos, da família e do amor.
Na profissão, sabem como realizar um marketing pessoal como ninguém. É preciso ter um tempo para si, contudo, especialmente para o enriquecimento da individualidade e para a promoção de um maior autoconhecimento.
Cabra: aqui está a força e a resistência de quem sobe e desce montanhas e, se preciso for, atravessa-as pelo meio.
A Cabra é a protetora dos fracos e procura não julgar os outros, respeitando a liberdade de ser de cada um – afinal, todos temos tetos de vidro. Além de respeitadores, os nativos de cabra são detalhistas, atentos, pacientes e sensíveis (artisticamente, principalmente).
São um tanto quanto sonhadores e perdem-se facilmente em devaneios, pois seu ritmo de vida costuma ser um pouco menos dinâmico do que o ritmo de vida dos nativos de Macaco e Tigre, por exemplo. Mas isso não é algo ruim nem sinônimo de marasmo. Os nativos de Cabra são observadores e verdadeiras máquinas de insights: investem bastante tempo refletindo sobre o que vêem e reforçando os seus projetos.
Por serem muito justos e pouco preconceituosos, são mais capazes de enxergar a verdade do que os outros animais, uma vez que não formulam opiniões rápidas nem agem impulsivamente.
Macaco: observador, curioso, amigável, original, divertido, prático, bem sucedido e inteligente.
Sim, os nativos de Macaco são extremamente versáteis e conseguem fazer praticamente qualquer coisa – é preciso cuidar com a arrogância latente, no entanto, porque ser capaz de fazer qualquer coisa não significa saber fazê-la bem ou da melhor forma possível.
O humor agradável e a sociabilidade são os pontos fortes desses nativos, capazes de ascender profissionalmente por conhecerem as pessoas certas e saberem o que devem dizer. Conforme adquirem maturidade e sabedoria, esses nativos conseguem canalizar a fertilidade de suas ideias para a resolução de problemas complexos, por isso não é raro que assumam posições de consultoria ou mentoria em empresas.
Galo: aqui temos um nativo cuidadoso, persistente e determinado. O Galo é um bravo guerreiro e está sempre ocupado com alguma tarefa. Sua sensibilidade aos problemas alheios torna-o necessário em seu meio, o que muitas vezes pode demandar-lhe demasiada energia.
O galo está sempre alerta, raramente é pego de surpresa: meticuloso, ele é dono de longos e cuidadosos projetos. Por serem tão dispostos, os nativos de Galo tendem a ser sobrecarregados por tarefas que outras pessoas se julgam incapazes de realizar e, como gostam de serem desafiados, acabam aceitando mais trabalho do que o saudável para si.
Muitas vezes, a competência do nativo é posta exageradamente em prática porque ele se sente negligenciado ou esquecido em seu meio, daí buscando superar as expectativas alheias sobre si.
Cão: compassivo, protetor, bem disposto e muito confiável.
Muito ligado ao círculo familiar e ao dos amigos, portanto tem desconfiança com o novo e o estrangeiro (ainda que suas habilidades sociais, principalmente de anfitrionagem sejam ótimas). Postura otimista frente à vida: este é um nativo entusiasmado e querido pelas pessoas que o cercam.
Deve fazer bom uso do seu charme pessoal e, sempre que possível, desafiar-se a sair ”de casa”, da zona de conforto, do conhecido. Têm muito medo do abandono principalmente porque não exercitam a independência tanto quanto os nativos de Boi.
Porco: solitários e independentes, estes nativos possuem grande força interior e são muito resilientes. Profissionalmente, responsabilizam-se pelos toques finais de um projeto e são ótimos em aconselhar e ouvir. Por preocuparem-se genuinamente com as outras pessoas, os nativos de Porco se saem bem num diálogo mais próximo com clientes, e sabem comunicar as suas vontades com facilidade, o que lhes permite relacionamentos pessoais (os poucos que possuem) relativamente saudáveis.
São grandes observadores por natureza, o que pode passar uma imagem deturpada de arredios, desconfiados ou mesmo arrogantes. Na verdade, essa postura é uma defesa desses nativos, pois eles são ingênuos e até mesmo crédulos, uma vulnerabilidade que pode lhes custar caro na vida.
Não acredite na tranquilidade aparente do nativo de Porco: por dentro, ele esconde emoções fortes e tenta solucionar seus dilemas profundos ajudando o próximo.
Qual é o seu signo, segundo o Zodíaco Chinês? Você se identifica com ele? Se gostou desse artigo, compartilhe-o com seus amigos e comente abaixo as suas opiniões.
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