Recentemente, a supermodelo Gigi Hadid, de 22 anos, respondeu no Twitter às críticas que recebeu por estar muito magra.
Um dos sintomas da síndrome é aumento de peso, e antes a modelo já tinha sido criticada por estar mais cheinha. Agora, ela explica que seu baixo peso se deve a um tratamento contra a síndrome de Hashimoto.
“Quando eu comecei (a trabalhar) aos 17 anos, eu ainda não tinha sido diagnosticada com a síndrome de Hashimoto.
ADVERTISEMENT Aqueles que falavam que eu era ‘muito gorda para ser modelo’ estavam vendo na verdade (o resultado de) inflamação e retenção de líquido”, escreveu a modelo.
“Ao longo dos anos, eu fui medicada para reduzir os sintomas.ADVERTISEMENT Não apenas esses (ganho de peso devido inflamação e retenção de líquido), mas também cansaço extremo, questões de metabolismo, capacidade de lidar com calor, etc.
Eu posso estar muito magra para você. E honestamente, essa magreza não é como eu gostaria de estar.ADVERTISEMENT Mas eu me sinto mais saudável internamente e continuo aprendendo com o meu corpo a cada dia”, desabafou Hadid.
O nome completo da síndrome é Tireoidite Crônica, uma doença causada por uma reação do sistema imunológico à glândula da tireoide. Explicando de outra forma, o organismo produz anticorpos que atacam a tireoide. Disso resulta a diminuição da função da glândula ( hipotireoidismo), o que leva a aumento de peso, cansaço, pele ressecada e unhas quebradiças.
A doença afeta o corpo de maneira gradual. Geralmente, seus primeiros sintomas são fadiga e dificuldade para se concentrar – o que se pode se confundir com estresse. Ao longo de tempo, pode haver uma deterioração generalizada do quadro físico, surpreendendo os pacientes. Podem ocorrer, inclusive, problemas emocionais.
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A doença pode se manifestar em qualquer momento da vida, mas aparece com maior frequência em mulheres na meia-idade. Além disso, não há cura, embora a síndrome possa ser controlada com uso de medicamentos (como é o caso de Hadid).
Rachel Hill, de 23 anos, é uma jovem britânica que tem a mesma doença de Gigi. Ela conta que os primeiros sintomas apareceram quando tinha 16 anos.
“Fui diagnosticada só quando tinha 21 anos. Sempre me sentia cansada, comecei a ter acne, menstruação irregular, dor muscular e espasmos durante a noite. Eu costumava ser muito impulsiva e fazer tudo o que eu queria. Especialmente quando era adolescente. Mas agora preciso administrar meus níveis de energia”, conta.
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Para a britânica, a síndrome acabou também desencadeando questões emocionais. Desde pequena, ela sentia ansiedade, que evoluiu para um quadro de depressão.
“É como ter uma gripe muito forte. Tudo dói, você se sente fraca e o seu cérebro fica no meio de uma grande nebulosa. É difícil encontrar as palavras corretas ou recordar o que você estava fazendo. Estou contente que Gigi Hadid tenha contribuído para o debate sobre a síndrome de Hashimoto. Não deveríamos julgar as pessoas pela sua aparência, seu subir ou baixar de peso”.
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