Já foi comprovado por diversos estudos que agressão física frequente, até mesmo um simples tapa no bumbum, pode causar graves transtornos psicológicos na criança, como depressão e ansiedade. No entanto, não é apenas este tipo de violência que tem efeitos muito nocivos para os pequenos, gritos e ofensas também podem ser muito prejudiciais.
Efeitos no cérebro
Este tipo de violência causa, até mesmo, alterações no cérebro. De acordo com a Educadora e Facilitadora de Disciplina Positiva Rebecca Boubli, gritar com os filhos é uma forma ineficaz de disciplinar e ainda pode afetar negativamente a saúde mental da criança.
Segundo a especialista, o medo que a criança sente no momento da bronca destemperada dos pais faz com que o organismo libere diversos hormônios, como adrenalina e corticoides, que podem afetar o desenvolvimento dela e causar alguns transtornos psicológicos, como depressão e agressividade.
Problemas futuros
Um estudo desenvolvido pelas Universidades de Michigan e de Pittsburgh, publicado na revista Child Development, conseguiu provar que pessoas que sofreram agressões verbais durante a infância possuem mais chances de terem problemas de aprendizagem, transtornos comportamentais e, inclusive, de se envolverem em atos de violência.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram dados de quase mil famílias, todas compostas por mãe, pai e filhos com idades entre 13 e 14 anos. Dentre estes, 43% dos responsáveis assumiram gritar com os filhos em algum momento.
Outro estudo, realizado pela Universidade de Plymouth, no Reino Unido, e divulgado pelo Daily Mail, afirma que gritar ou agredir o filho também pode afetá-los fisicamente. No futuro, estas crianças têm um risco maior de desenvolver asma, problemas cardíacos e câncer. De acordo com os cientistas, isto ocorre por causa da enorme carga de estresse que os pequenos sofrem no momento da agressão, seja verbal ou física.