Jucilene Marinho é uma brasileira de 23 anos, oriunda de Lavras da Mangabeira (CE). Ela nasceu sem útero e sem ovários.
É isso mesmo que você leu! Essa patologia acomete uma a cada 5000 mulheres.
Ao contrário das outras meninas da sua idade, Jucilene não menstruava. Aos 15 anos, mesmo sentindo dores menstruais, a menarca simplesmente não vinha. Quando foi ao médico, ela descobriu que o seu canal vaginal estava bloqueado por um tecido e que ela não tinha útero nem ovários. Essa condição é chamada de síndrome Mayer-Rokitansky-Küster-Hause (MRKH).
A notícia cravou como uma estaca no peito de Jucilene, pois ela queria muito ter filhos.
Resolvida a enfrentar de frente a situação, Jucilene aceitou se submeter a uma inovadora cirurgia, chamada neovaginoplastia, em abril do ano passado. O procedimento foi realizado na Universidade Federal do Ceará e fez com que Jucilene se tornasse a primeira mulher do mundo a passar por uma reconstrução do canal vaginal feita a partir de escamas de tilápia (peixe de água doce).
O resultado? Foi muito bem sucedido!
Na cirurgia reconstrutiva, cria-se uma abertura onde deveria estar a vagina. Nessa abertura, insere-se um molde forrado com pele de tilápia, que é aceito pelo corpo depois de algum tempo. O molde é alterado para se parecer com o tecido que reveste o trato vaginal.
Jucilene foi a primeira das quatro pacientes que se submeteram a essa cirurgia. Ela teve que ficar no hospital por três semanas após o procedimento. Não foi fácil, não: a jovem sofreu uma hemorragia interna após a cirurgia, que logo foi tratada pelos médicos. Ela foi informada que, dentro de um ano, estaria pronta para fazer sexo.
Animada com o resultado da cirurgia, ela disse que sua família e amigos a levaram para comemorar sua nova vagina.
Pela primeira vez, ela poderia fazer sexo com o namorado de um ano, Marcus Santos. Ela disse que ficou deprimida quando percebeu que nunca poderia ter qualquer tipo de relacionamento íntimo com alguém, e que tampouco poderia ter filhos.
Passar por essa cirurgia trouxe mais esperança para a sua vida!
Embora ela tenha nascido com MRKH, Jucilene teve uma puberdade regular padrão, com cólicas menstruais regulares, ainda que nunca tenha menstruado de fato. Como foi dito acima, ela não havia sido diagnosticada com MRKH até os 15 anos de idade.
Jucilene diz que se sentiu muito realizada depois de finalmente poder acessar algo que é garantido à maior parte da população feminina.
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