Quando Jean Hilliard, de 19 anos, estava dirigindo para casa depois de visitar uma amiga, ela acabou sofrendo um acidente.
Seu carro deslizou a estrada que havia se tornado muito gelada por causa das temperaturas baixas naquele dia que fizeram os termômetros registrarem menos de -30 °C.
A mulher temia que pudesse congelar e morrer em seu carro, por isso decidiu sair dali e caminhar de volta à casa de sua amiga. Deu, então, os seus primeiros passos no ar livre gelado, querendo buscar refúgio na casa da outra, imaginando que ela não podia ser muito longe.
O que a jovem não fazia ideia era de que a casa estava a quase 4km de distância dela e agora ela precisava andar todo aquele caminho no frio, sozinha.
Ela deu o melhor de si e lutou contra o frio congelante do inverno, conseguindo e ficar a apenas 15 metros de distância da casa. Suas pernas, entretanto, estavam muito cansadas pelo esforço e o frio, o que fez com que ela acabasse perecesse naquele momento.
Devido ao mau tempo, poucas pessoas saíram naquela noite e demorou cerca de seis horas até que alguém pudesse descobrir o corpo dela deitado de bruços no chão coberto pela nele.
Aquilo aconteceu no início da manhã, às sete, quando Wally Nelson estava partindo para seu trabalho. Imediatamente ela reconheceu o corpo de Hilliard, sua amiga, deitado na entrada da casa.
Por causa das temperaturas baixas, as articulações da jovem haviam congelado e não se curvavam facilmente. Com agilidade, sua amiga a colocou no carro e dirigiu o mais rápido para o hospital para que os médicos pudessem prestar os primeiros socorros.
No caminho, Nelson percebeu que o rosto de Hilliard parecia com o de um fantasma. Ela disse que os médicos estavam tentando o máximo para salvar sua vida, mas permaneciam céticos quanto a recuperação da jovem.
Ela lembrou que tudo no corpo de Hilliard estava muito ruim. Sua pele se contraiu tão forte que não podia se aplicar nenhuma injeção nela. A jovem simplesmente estava congelada e não se conseguia ter nenhuma reposta dela. Sua temperatura corporal era tão baixa que nem mesmo os termômetros clínicos podiam medi-la.
“Ela estava congelada de verdade.”, disse o Dr. George Sather. Era impossível abrir sua boca ou levantar seus braços. Era como se ela fosse um fóssil recuperado do gelo.
Depois que a família dela recebeu a notícia do que havia acontecido, imploraram pelo apoio e a ajuda financeira de seus amigos com as dívidas do hospital. Às 9:00 da manhã daquele mesmo dia, mais de 30 pessoas haviam se reunido na sala de espera do hospital, oferecendo-se para orar pela vida dela junto com a família.
Os médicos também estavam muito preocupados com a vida de Hilliard. Eles então decidiram envolvê-la em um cobertor de aquecimento elétrico. Talvez aquilo pudesse ajudar a aumentar a temperatura dela para um número o qual os termômetros pudessem captar.
Eles esperaram cerca de duas a três horas, e o inesperado ocorreu. Os batimentos do coração dela começaram a ser captados novamente.
Com o tempo, a jovem começou a responder ao calor que estava ganhando. Ela começou a fazer alguns ruídos baixos, murmurando por sua amiga e seus pais. Entretanto, por mais que ela estivesse se recuperando, o ritmo de sua respiração era muito lento. A taxa era de apenas 12 inspirações por minuto, o que é considerado muito preocupante por médicos.
Assim como todos os milagres que costumamos testemunhar nos filmes, Hilliard continuou a ganhar consciência de forma consistente. Ela lembrava de quase todas as coisas loucas que as pessoas lhe perguntavam. Alguns se estenderam perguntando quem eles eram pra ela e se ela gostava deles.
Em todo o momento, a jovem dizia que todos estavam lhe perguntando coisas as quais ela sabia com clareza. Ela também disse que sabia claramente quem era e não esperava receber aquelas perguntas.
Mas Hilliard ainda tinha muito caminho pela frente em sua recuperação. Suas pernas mostraram tanta severidade nos ferimentos que os médicos não viam outra solução a não ser a amputação.
Mas outro milagre aconteceu: o congelamento visto em suas pernas simplesmente desapareceu completamente.
Os médicos relataram que ver Hilliard escapando de tudo aquilo sã e salva era uma experiência muito agradável. O Dr. Ryan Kelly disse que só o fato dela não ter perdido sequer um dedo já era incrível.
A jovem passou mais de cinquenta e cinco dias no hospital antes de voltar pra casa. Com seis dias após seu acidente, ela ainda estava na UTI. Entretanto, ao receber alta, voltou pra casa completamente curada.
Desde então, Hilliard agradeceu a todos os que ajudaram em sua recuperação, sem se esquecer, é claro, de todos aqueles que oraram por ela também.