Quando alguém querido parte desse mundo, você se torna automaticamente o contador de histórias.
Você compartilha memórias, sejam elas boas ou más, para as outras pessoas – e essas histórias sempre o farão rir e chorar. No entanto, perder alguém que você ama quando criança é um tanto quanto difícil. Por ter tido menos tempo com a pessoa, você se lembra de menos coisas.
Anne Kear, de 77 anos, tinha apenas 7 anos quando seu irmão, Karl Smith, morreu. Ele tinha 12 anos. Karl perdeu a vida em um acidente durante uma viagem de acampamento de garotos.
Kear tem algumas lembranças de seu irmão. Embora suas memórias estejam fragmentadas, ela lembra o dia em que sua mãe lhe contou o que havia acontecido com o seu irmão. A mãe de Kear explicou a ela que o irmãozinho não voltaria para casa devido a um afogamento acidental.
Residindo em uma vila inglesa em Cotswolds, Kear visita o túmulo de seu irmão regularmente. Sempre que faz uma visita, ela percebe que não é a única que presta visitas e homenagens a Karl. Ela sempre encontra algum poema, flor fresca, velas e até mesmo penas na sepultura.
Por mais que tentasse, Anne não conseguia identificar o estranho que visitava freqüentemente a sepultura do seu irmão. Ela imaginou que a pessoa tivesse a mesma idade que Karl. Anne estava determinada a desvendar aquele mistério.
A jornalista da BBC, Camila Ruz, ouviu a história de Kear, e veio até Cotswolds ajudá-la a descobrir o mistério antes que fosse tarde demais. Depois de investigar, Ruz encontrou o homem que deixava as flores no túmulo de Karl desde 1947.
BBC MundoEra Ronald Seymour-Westborough, 84, o amigo mais próximo de Karl no grupo de acampamento para garotos. Ele contou a Kear que os dois, quando crianças, compartilhavam uma tenda durante a viagem. Ronald e Karl eram amigos de todas as horas, viviam pulando e praticando travessuras. No dia fatídico, todos os meninos estavam brincando e nadando quando perceberam que Karl havia desaparecido.
Foi o próprio Ronald, com 13 anos na época, que encontrou o corpo de Karl no mar. Ele estava deitado de bruços, boiando, e então Ronald e outro garoto puxaram seu corpo para a areia. Essa memória permaneceu para sempre na mente de Westborough.
Então, Westborough se juntou à força policial como resultado direto de sua experiência com o último momento de seu amigo mais próximo da vida. Ele confirmou que visita a cova de Karl com muita frequência e que muitas vezes deixa flores frescas no jazigo.
No entanto, o mistério havia sido parcialmente descoberto. Westborough não era o único a deixar lembranças no local, já que Anne costuma encontrar notas e outros elementos no jazigo do irmão. Há outras pessoas que visitam o túmulo de seu irmão e deixam-lhe lembranças. Isso permanece inexplicável para Anne. Quem são essas misteriosas pessoas?
Kear ficou encantada em compartilhar a memória de seu irmão com Westborough. De acordo com Westborough, ele não sabia que seu amigo tinha uma irmã. Ele também não sabia que se tornara um mistério na região durante anos, devido às suas visitas ao túmulo de Karl.
“Ele tocou tantas pessoas“, Anne falou à BBC sobre o irmão. “Ele nem está aqui agora, mas ele ainda está tocando as pessoas, e isso é realmente muito lindo “.
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