O testemunho doloroso deste menino, aterrorizado ao voltar da escola para casa, comoveu a Internet e mobilizou diversas celebridades a fazerem alguma coisa sobre o assunto.
O que deveria ter sido lembrado como uma bela mas dura lição sobre a realidade do bullying escolar foi, infelizmente, manchada por imagens encontradas no Facebook da mãe.
No carro de sua mãe, o jovem Keaton explodiu em lágrimas depois de um dia terrível na escola. Suas lágrimas são o resultado do bullying. “O que eles fizeram com você?”, perguntou Kimberly Jones, a mãe de Keaton, que decidiu gravar o testemunho do filho. “Eles tiram sarro do meu nariz, dizem que eu sou feio, que não tenho amigos”, desabafa o pobre menino.
ADVERTISEMENT As palavras são pesadas e o bullying é acrescido de confrontos físicos: “O que eles fizeram no almoço com você?, pergunta a mãe.
“Eles derramaram leite em mim, esfregaram presunto na minha roupa, me jogaram pão”. O jovem Keaton, em seu desespero, no entanto, não esquece as outras potenciais vítimas de assédio: “As pessoas que são diferentes não precisam ser criticadas por isso.ADVERTISEMENT Não é sua culpa! Se eles se divertirem com você, não desanime.
Certamente tudo melhorará um dia!”
De acordo com as estatísticas, 200 milhões de crianças são vítimas de bullying escolar em todo o mundo. O testemunho do jovem Keaton permitiu (re)destacar um problema particularmente difundido, mas muitas vezes ignorado. A indignação chamou atenção até mesmo das estrelas que, nas redes sociais, mostraram seu apoio ao menino. Assim, Chris Evans, Katy Perry e Justin Bieber enviaram-lhe mensagens de apoio e encorajamento.
Dentro de alguns dias, toda a América estava se reunindo em apoio a Keaton. Sua mãe contou que estava recebendo centenas e centenas de mensagens. No entanto, a história ficou um tanto quando ofuscada pela feiúra de um novo acontecimento: no Facebook da mãe de Keaton, descobriu-se uma foto com teor racista.
Conforme observa-se, os meninos carregam duas bandeiras: a confederada, símbolo da escravatura sulista (e portanto já não mais utilizada, exceto por simpatizantes da Ku Klux Klan e de outros movimentos do tipo) e a americana.
Portanto, muitas perguntas surgiram: como apoiar esse chamado de tolerância de uma pessoa que, por si mesma, também é intolerante? Além disso, foram encontrados jogos de cassino online ilegais criados, supostamente, pela mãe de Keaton, Kimberly – os jogos foram suspensos pelo site GoFundMe.
Hipocrisia? Keaton deve assumir as idéias políticas de sua mãe? O testemunho do jovem não é menos verdadeiro? Obviamente, alguns meios de comunicação não se envergonharam pelas questões morais e, zombando do filho e de sua mãe, agora reproduzem na internet uma forma de assédio que pode ser muito mais grave do que a restrita ao espaço de uma escola.
Afinal, Keaton, agora, pode estar sofrendo bullying com as acusações lançadas contra a sua mãe, e em repercussão (inter)nacional!
A história parece terminar com a lição de que nenhuma lição foi aprendida. A verdade é que as pessoas conseguem ser algozes ao mesmo tempo em que são vítimas, o que mostra que toda essa situação não deixa de ser complexa. Por fim, como diferenciar as atitudes de Keaton das atitudes da sua mãe?
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