Como o acompanhamento do recente tiroteio em massa que ocorreu em Parkland, na Flórida, o governo está tentando encontrar novas soluções para lidar com essa questão persistente que está destruindo as famílias e deixando as comunidades com medo.
Escolas em todo o país também foram forçadas a agir. Elas criaram exercícios de tiro que supostamente preparam os alunos para as situações assustadoras que podem ocorrer no futuro. Embora seja triste pensar que tal pressão está sendo colocada em crianças inocentes, estar preparado para um momento assim pode ser uma das melhores maneiras de lidar com o perigo, já que as armas andam livremente nas mãos dos bandidos.
Os pais, por outro lado, têm um trabalho duro de informar e preparar seus filhos para as coisas terríveis que podem acontecer durante a sua juventude.
Um desses pais é Tanai Benard, a mãe de Dezmond, de dez anos, do Texas. Como ela também é professora, Tanai perguntou ao filho sobre os exercícios de tiro que aconteciam em sua escola. Segundo ela, ela só queria ter certeza de que seu filho está levando os treinos a sério.
Depois de receber a resposta de seu filho, a mãe ficou sem fala. Mais tarde, ela decidiu compartilhar sua experiência no Facebook, e seu post alcançou mais de 370.000 reações e 170.000 compartilhamentos.
Veja quais foram as palavras de Dezmond e por que sua mãe ficou tão chocada. Aqui está o que ela escreveu em sua postagem no Facebook:
“Meu filho do 5º ano e eu conversamos no caminho para o trabalho/escola hoje de manhã. Como educadora, queria ter certeza de que ele e seus colegas de classe levavam a sério os exercícios de segurança da escola e que não estavam utilizando esses exercícios como um momento para socializar e se divertir.
Eu: Vocês já praticaram um exercício de reação a tiroteio na aula?
Dez: Você está falando de uma reação à atentado?
Eu: Sim.
Dez: Sim, nós praticamos.
Eu: Então me diga o que você deve fazer.
Dez: O professor deve fechar e trancar a porta, colocar o papel preto sobre a janela da porta.
Então eu e três outros meninos devemos empurrar a mesa contra a porta. Depois disso, toda a turma vai ficar atrás de nós na parede do fundo.
Eu: A turma deve ficar atrás de quem?
Dez: De mim e de outros 3 garotos. Nós ficamos na frente e eles ficam atrás de nós.
*Eu internamente contei de 0 a 100 bem rápido. Meu filho é uma das duas únicas crianças negras em uma classe de 23. Sendo sincera, eu fui imediatamente para o “por que meu filho negro está sendo colocado na linha de frente?”. Estava apenas sendo realista. Então eu perguntei a ele antes de expressar verbalmente meus pensamentos*
Eu: Por que você foi escolhido para ficar na frente de todos os outros se um atirador vier à sua escola?
Dez: Eu não fui escolhido. Eu me ofereci para empurrar a mesa e proteger meus amigos.
Eu: *náusea imediata* Dez, por que você se voluntariou para fazer isso?
Dez: Se isso acontecesse, eu preferiria ser aquele que morreria protegendo meus amigos ao invés de eu ser o único que sobreviveria frente a uma turma inteira que morreria.
Meu Deus, meu filho quase me quebrou naquele dia. Eu ainda tenho um nó na garganta. Ele tem 10 anos de idade. Esse altruísmo deveria existir em todo jovem que comporá a nova geração da América.”
O que você acha da resposta corajosa de Dezmond à pergunta de sua mãe? Você acha que é justo orientar as crianças sobre exercícios de tiro tão cedo? Deixe-nos saber nos comentários abaixo e não se esqueça de compartilhar esse artigo!