Pode parecer batido, mas é verdade: quem ama, cuida; não fere a autoestima do outro.
Levamos anos para aprender a amar o nosso corpo, a nossa voz, a nossa história, os nossos feitos… e, em pouco tempo, outra pessoa pode colocar tudo isso a perder com o seu comportamento tóxico! Se você está dentro de um relacionamento e se sente com a autoestima ferida, leia os sinais importantes de abuso que separamos para você. Esses sinais podem não explicar tudo, mas dão conta de uma coisa: se você recebe esse tipo de tratamento, saiba que não é besteira, é algo sério e merece a devida atenção! Procure libertar-se de relacionamentos tóxicos, pois neles nenhuma das partes sai ganhando.
Se, por outro lado, você se identifica como a parte que está a inflingir essas agressões, é hora de procurar ajuda.
Por que você retribui amor com violência? O que mudou na relação, que agora você só tem raiva e rancor a oferecer? Não se desespere.Às vezes, esse tipo de comportamento é causado por alguma mudança repentina na nossa vida, mas não é como se fizesse parte da nossa personalidade.
Respire fundo e dê uma olhada no que separamos para você. Após, converse com o seu amor e procure ajude profissional.Não vale a pena estragar uma história bonita por um vício de comportamento.
1. Revirando os olhos
Revirar os olhos para alguém pode ser muito ofensivo, pois pode significar que você simplesmente não dá a mínima para o que a pessoa está dizendo.
Isso não é nada saudável, porque mina a espontaneidade da outra parte em se comunicar.
Você quer que o seu amor confie em você? Então preste atenção no que você está fazendo. Se fosse o seu amor a revirar os olhos ou não prestar atenção do que você diz, como você se sentiria? Certamente não muito feliz, certo? Ah, utilizamos o exemplo dos olhos revirados, mas há outras posturas corporais que podem igualmente indicar profundo descaso: mexer no celular enquanto conversa, olhar os lados, cruzar os braços e fechar os olhos, etc.Não brinque com a autoestima alheia. Se alguém confia em você para contar-lhe algo, valorize!
2. Criticando em excesso e pedindo para que a pessoa refaça as coisas
Ninguém gosta de ser censurado o tempo inteiro. Se você é do tipo que está sempre atrás do seu parceiro, apontando para seus erros e sugerindo melhorias, saiba que não o está ajudando; pelo contrário, você está minando a autoestima dele ao expressar descontentamento com tudo o que ele faz. Da mesma forma, isso pode ser sinal de neurose. Será que você não está tentando controlar as ações do seu amor porque há algo dentro de você que precisa da sua atenção, mas você não quer olhar?
Prestar atenção do que a outra pessoa faz e ajudá-la a aperfeiçoar-se é certamente uma atitude positiva e demonstra consideração e envolvimento. No entanto, se levada com muito exagero, essa atitude pode levar a um colapso nervoso. O seu amor pode ficar inseguro e parar de confiar em você. Exercite empatia e saiba diferenciar a hora de criticar e a hora de aceitar as imperfeições.
3. Questionando as escolhas do outro
Escolher não é fácil, principalmente se a escolha estiver relacionada a questões profissionais, familiares ou emocionais.
Afinal, escolher que calça usar é fácil, mas escolher qual oportunidade profissional aceitar – isso já demanda mais reflexão.Quando alguém compartilha com você alguma decisão importante, será que vale a pena questionar essa decisão? Dependendo, o melhor é apoiar as pessoas que você ama em suas decisões difíceis, ou simplesmente reconhecer que você sabe o quando elas precisaram pensar e repensar antecipadamente para então formular suas ideias finais.
No seu relacionamento, procure respeitar as decisões que não afetam você.
No caso das decisões que lhe afetam, opte pelo diálogo, ouça as considerações da outra parte e comunique as suas; você não precisa aceitar nada que não concorda, mas da mesma forma saiba aceitar aquilo que você não pode mudar.No fim das contas, não seja um tirano: a outra parte também pode gozar de liberdade de escolha.Entre dois adultos racionais, o diálogo é sempre a saída mais promissora para um mútuo acordo – no qual ambas as partes ganham.
Ao agir dessa forma equilibrada, você estará preservando a confiança dentro do seu relacionamento, bem como a preservação da liberdade.
4. Utilizando apelidos e fazendo piadinhas excessivamente
Conforme desenvolvemos intimidade, pequenos apelidos podem surgir. Alguns são essencialmente positivos e fofos, outros mais divertidos, e alguns podem conter um certo teor de crítica.
Se você possui algum apelido que não gosta, manifeste-se, ainda mais quando esse apelido é utilizado em público.
Dependendo do contexto, certas palavras podem nos ferir de uma forma preocupante. Se você repreender o seu amor por utilizar um apelido desses com você, e ele responder com ”mas eu só estava brincando”, diga-lhe que toda brincadeira tem um fundo de verdade, e que atitudes assim têm igual capacidade de ferir.Se nem nas escolas o bullying é permitido, por que seria permitido dentro de um relacionamento, onde o que deve prosperar é a paz, o amor, a união e a amizade?
Lembre-se: você tem um nome, não precisa aceitar que lhe chamem de qualquer outra forma. Se o seu amor reiteradamente opta por palavras e expressões que ridicularizam você, converse com ele sobre os perigos disso para o relacionamento de vocês. Afinal, a sua autoestima está sendo prejudicada.
5. Controlando a outra parte
Você está cozinhando e o seu parceiro tira as coisas da sua mão, empurrando-lhe para o lado e dizendo ‘‘deixa que eu faço isso”.
Você está lendo um livro com o abajur ao lado da cama aceso, e ele desliga a luz, anunciando que você precisa dormir, pois tem um compromisso cedo no dia seguinte.
Ainda que para a outra pessoa ela só esteja tentando ajudar você, privando-lhe de determinadas tarefas, a verdade é que ser tratado de forma tão controladora é insuportável.Todo ser humano deseja ser livre, deseja desfrutar da liberdade de escolha e de ação.
Ao retirar-lhe as coisas da sua mão, o seu parceiro pode dar a entender que não acha que você seja capaz de executar determinadas tarefas, e isso é um prejuízo para a sua autoestima e para a sua saúde mental.Afinal, nem sempre precisamos da ajuda da outra parte, ainda que não realizemos nossas atividades com perfeição.O seu parceiro tem todo o direito de oferecer-lhe ajuda, pois mostrar disposição é uma coisa positiva, mas se a ajuda for dispensada, então ele deve conter-se.
Se, por outro lado, a ajuda for desejada, então não se esqueça de demonstrar gratidão, certo!? Assim o relacionamento de vocês fica equilibrado.
6. Descontando o estresse na outra parte
Existem épocas da vida em que nada parece dar certo.
Não somos promovidos no trabalho, nos sentimos sobrecarregados por demandas de todos os lados, nossa autoestima parece estar a sete palmos da terra, etc. No entanto, passar por fases assim não nos dá cartão branco para destratar outras pessoas, certo? Não transfira as suas frustrações no seu parceiro.A culpa por você estar se sentindo tão estressado não é dele.Assim, ao destratar o seu parceiro por causa do estresse do trabalho, você acaba gerando um duplo problema.
Além disso, quando tudo o mais parece dar errado, é na nossa família e no nosso relacionamento que encontramos pessoas capazes de enfrentar tormentas junto com a gente.Respire fundo, converse com a outra parte sobre o que está acontecendo e, juntas, construam um caminho para enfrentar essa situação!
7. Recusando-se a discutir com a pessoa
Certamente, com algumas coisas não vale a pena gastar energia.
Há questões, no entanto, nas quais é fundamental que nos aprofundemos.
Encerrar quaisquer conversas com ”isso acaba aqui”, ”não vou discutir isso com você” e ”chega!” não faz com que o problema magicamente desapareça; na verdade, ambas as partes acabam ”engolindo” o sapo e nutrindo silenciosamente um rancor mal resolvido.Dessa forma, numa próxima discussão, os outros sapos vêm à tona e podem aumentar a dimensão da briga.
Não silencie a pessoa que você ama. Tenha humildade, ouça o que ela tem a lhe dizer – pode ser que ela vem tentando comunicar-lhe sobre algo muito mais importante do que você imagina.A melhor forma de entender é observar e escutar. Quem sabe você não tem muito a ganhar fazendo isso? A outra parte certamente também escutará o que você tem a dizer.
E então, você gostou desse artigo? Ele foi útil para você? Conte-nos as suas impressões sobre esse assunto: já esteve em um relacionamento tóxico? As agressões eram recíprocas? Como você resolveu a situação? Gostaríamos muito de ouvir a sua opinião. Ah, e não esqueça de curtir a nossa página para ler mais artigos como esse! :)