O Egito é um dos maiores berços de nossa civilização.
Considerando a riqueza cultural e histórica do povo que habitou esse país, em sua antiguidade, não é surpresa que até os dias de hoje mais segredos sejam literalmente cavados de sua terra. Arqueólogos alemães e egípcios descobriram, no dia 09 de março de 2017, em uma vala inundada na favela de Mataryia, no Cairo, parte de uma estátua gigantesca de 3 mil anos que se acreditava ser do faraó Ramsés II. O fato, que é considerado uma das maiores descobertas arqueológicas atuais, pode significar muito para o turismo e, consequentemente, a economia do país.
A estátua, em teoria, teria mais de 8 metros e foi feita em quartzito. Entretanto, somente foram encontrados o busto e parte da cabeça dela. Além disso, foram escavados a parte de cima de uma estátua menor do faraó Seti II (neto de Ramsés II), as partes de um obelisco coberto por hieróglifos e as colunas e o piso de um templo.
A restauração dos artefatos já teve seu início, para que eles possam ser expostos no Grande Museu Egípcio, que deve ser parcialmente aberto em 2018.
No início das escavações, os arqueólogos acreditavam que a estátua pertencia a Ramsés II, um dos maiores faraós a regerem o império egípcio. Após uma semana de análises, entretanto, foi constatado que na verdade a estátua se tratava de uma representação de Psamético I, um faraó menos conhecido que governou o Egito bem depois de Ramsés II.
Mesmo com essa constatação, a descoberta continua sendo uma esperança para impulsionar o turismo do país, que apesar do passado rico em cultura e história, vive um momento difícil com intensas instabilidades políticas, econômicas e sociais.
© Todas as fotos: Mohamed Abd El Ghany / Reuter
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