Mariéme Jamme tem uma história de vida muito triste e pesada: abandonada pela mãe aos 5 anos, ela passou por mais de 28 orfanatos em Dakar, no Senegal, até que, aos 14 anos, foi separada do irmãozinho gêmeo e traficada para a França.
Além de ter sido abusada sexualmente, Mariéme precisou viver nas ruas. Uma voz em sua cabeça insistia em dizer-lhe que as coisas melhorariam, mas ela não sabia como isso seria possível. Mariéme não sabia ler ou escrever, não sabia quem era, se tinha uma vocação, se tinha um sonho, e tampouco conhecia amor e carinho.
“Se eu visse duas pessoas se beijando ou se abraçando, eu ficava tentada a separar achando que era briga. Minha casa eram as estações de trem e de metrô.”
Quando tinha 16 anos, Mariéme foi detida pela polícia francesa e parou em um centro de refugiados. Esse foi o reinício da sua vida, pois lá aprendeu a ler, a escrever e nutrir sonhos!
Aos 19 anos, a menina foi transferida para a Inglaterra, através de um programa internacional de estudos para refugiados. Em terras britânicas, Mariéme trabalhou em casas de família, fez faxina, cozinhou e trabalhou em um supermercado. Mas o que ela mais fez, depois de trabalhar, foi ler muito, durante horas!
Mariéme estudava todos os dias programas de Excell na biblioteca. O gosto vinha desde pequena: a menina nutria simpatia pelos números, acreditava que eles eram seus amigos e, com o passar dos anos, aquele sentimento guardado havia crescido.
ADVERTISEMENT
ADVERTISEMENT
Além de aplaudida pelos funcionários, Mariéme recebeu uma comissão pela seu excelente desempenho.
A sua vida simplesmente tinha mudado.
ADVERTISEMENT
ADVERTISEMENT
ADVERTISEMENT O que falta é escutar por reciprocidade.
Aí sim podemos construir uma relação significativa. Mas não é fácil isso. As pessoas estão com raiva, estão machucadas, então é preciso um esforço e empatia. Falta empatia. Estamos vivendo uma crise de empatia.ADVERTISEMENT ”