Amar dói.
A gente se envolve, acredita, desilude, tropeça, machuca, entristece, supera e então volta a amar de novo. É que o amor é o destino mais nobre de todas as nossas energias. É através dele que nos sentimos em paz, e que podemos exercer o melhor do nosso potencial. Sim, eu sei. O amor recíproco é um luxo que nem todos conseguem acessar. Mas não deixe de acreditar no amor só porque até agora você não viveu um conto de fadas! O amor é construído de diversas formas, e estende-se para muito além do romantismo dos filmes.
Goste ou não, amar é o seu destino, a sua mais evoluída vocação.
Ame a si mesmo, àqueles próximos de você e não deixe de amar a brisa que entra pelo quarto e revira os papéis da mesa – não é porque ela invade e desaparece tempos depois que a refrescância que você sentiu deixa de ser real ou bonita. Preste atenção.
O amor não se trata tanto da outra pessoa, mas de você. É a sua chance de construir algo bonito e significativo com alguém, e mesmo que a outra pessoa não seja capaz de fazer o mesmo, isso não significa que você perdeu a sua capacidade de amar. Apenas encontre outros meios de jorrar o amor que carrega consigo!
Chateou-se romanticamente nos últimos tempos? Doeu? Já chorou? Nós vamos ajudar você. Confira alguns caminhos a tomar ao enfrentar uma desilusão amorosa.
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A paixão
Desejar alguém geralmente parte de uma projeção.
Admiramos em outra pessoa aquilo que acreditamos não ter, e a complementariedade aparente nos fascina. A paixão sempre começa por uma promessa que se formula inconscientemente. Um olhar sedutor que chama a atenção tem o poder de nos encantar porque nos sentimos penetrados ou desvendados por ele – não porque o olhar realmente penetra ou desvenda, mas porque queremos ser penetrados e desvendados, retirados das nossas máscaras diárias.
A paixão, assim, é construída sob inúmeras subjetividades. É uma imersão insana, pode-se dizer, e nada garante que será correspondida. Se correspondida, no entanto, que delícia! Uma viagem conjunta pelos confins do paraíso humano se inicia.
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Enfrentando a finitude
Nenhuma conexão é eterna. Como uma reação química, ela tem energia suficiente apenas por um determinado tempo para acontecer, depois apaga-se como um fósforo.
Isso não significa ser impossível a reinvenção de uma conexão – o renascimento de uma paixão, por assim dizer -, mas é importante deixar claro que, caso isso ocorra, será uma conexão diferente da anterior, uma nova nova conexão. Um relacionamento pode durar por toda a vida conforme reinventamos a paixão e a ligação que temos com o nosso parceiro.
Aos poucos, o amor se mistura a essa conexão e dificulta ainda mais a separação total do casal.
Mas há casais que se separam e não há problema algum nisso. Às vezes, um dos envolvidos não se sente capaz de criar uma nova conexão com a outra parte – da mesma forma, essa incapacidade também pode ser mútua.
Digamos que há, então, uma crise de criatividade no casal. A inspiração acabou, talvez não para sempre, mas por ora. O que fazer? Aceitar a finitude da paixão como aceitamos a finitude de todas as formas de vida ao nosso redor. A paixão não é diferente das outras belezas fascinantes da vida.
Ela está inserida num espaço-tempo e, como tal, também inicia e termina em um dado momento.
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Agradeça pelo tempo
O fim não deve nos desolar. Ele é a oportunidade de um novo começo, a chance de acessar outros caminhos, uma possibilidade constante de reinvenção. Se você terminou um relacionamento recentemente, tenha sido ele curto ou longo, viva o luto que necessita viver, mas não sofra em excesso por algo que já não depende de você para ser diferente e, principalmente, não deixe que a finitude inerente do relacionamento anule as boas experiências que o contemplaram.
Outros começos e novos finais aguardam por você. Avante!
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Reencontrando a si mesmo
Um término nos obriga ir ao encontro de um novo começo. Isso não significa iniciar um relacionamento novo logo em seguida de um término.
Na verdade, significa o oposto disso: tome um tempo para você, para um relacionamento com você. Durante o tempo no qual se fundiu a outra pessoa, com certeza algo mudou dentro de você. Descubra o que está diferente! Será que você ainda gosta das mesmas coisas? Será que está mais forte? Como está encarando a vida? Reencontre-se e viva esse momento consigo mesmo com muita intensidade e envolvimento.
Seja para você mesmo o melhor parceiro possível. Se o final de um relacionamento amoroso significou uma morte para você, o seu novo relacionamento consigo mesmo deve ser encarado como um (re)nascimento.
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Encontros possíveis e a liberdade
Depois de se reencontrar, você sentirá uma estranha dose de satisfação. Isso soaria impossível, logo após o término do relacionamento amoroso, mas agora, tendo reencontrado a si mesmo, você percebe que as coisas estão simplesmente em ordem, e o que importa é estar a salvo e sentir-se satisfeito.
O amor é uma jornada que não terminou para você. Depois de reencontrado por si mesmo, você será encontrado por outras pessoas, por outras circunstâncias e oportunidades. Se ainda estivesse de luto, isso não aconteceria, pois você estaria preso ao passado e de costas para o presente.
Mas você agora é capaz de encarar o presente e o futuro com disposição e plenitude, portanto abra as portas e as janelas para deixar a brisa do verão entrar!
Sinta todas as nuances da refrescância. Aproveite o momento, todos os caminhos e descaminhos do amor. E quando terminar, eu desejo que você esteja em êxtase.