No periódico
Doklady Biological Sciences, uma equipe de cientistas russos anunciou a descoberta de antigos vermes nemátodos capazes de ressuscitar depois de passar pelo menos 32 mil anos escondidos em permafrost. Se for legítima, essa descoberta representaria o retorno de um congelamento com o maior tempo de intervalo já visto em um organismo complexo multicelular, superando até mesmo os processo de congelamento já registrado em tardígrados.
Os vermes foram entre mais de 300 amostras de solo congelado tiradas das planícies do Rio Kolimá, na Sibéria, pelos próprios pesquisadores.
Duas das amostras continham os vermes, com uma delas vindo de uma toca de esquilo escondida datando de 32 mil anos e outra de uma geleira datando de 40 mil anos.
Os cientistas isolaram os nemátodos intactos e mantiveram as amostras a 20ºC, deixando-as cercadas por comida em uma placa de Petri. Nas semanas que se seguiram, eles perceberam que os vermes comiam a comida e clonavam as suas famílias, que os cientistas resolveram cultivar separadamente (estas também prosperaram).
Até hoje, os registros de animais mais antigos que se tem notícias são as bactérias escondidas em cristais de sal há mais de 250 milhões de anos. Animais descongelados mais antigos datam apenas de décadas no máximo, como, por exemplo, o grupo de tardígrados que foi ressuscitado depois de 30 anos no gelo.
Como sabemos pouco sobre a genética dos vermes encontrados, há estudiosos que afirmam que há pouco a ser revelado sobre a longevidade da espécie.
Mesmo depois de descongelados, não há muito a se comparar, pois não há populações atuais para confirmar suas características e estudar informações, antes de afirmar se essa espécie de vermes é ou não igual aos vermes antigos.Além disso, tampouco se sabe se esse tipo de verme nos faria algum mal (embora algumas espécies de nemátodos possam nos fazer adoecer).
Ainda assim, quando se está estudando criaturas congeladas em um tempo longínquo no Ártico, uma série de cuidados nesse sentido são necessários.Afinal, esses vermes estão com uma fome acumulada de 40 mil anos! Salve-se quem puder…!
[Doklady Biological Sciences via Science Alert]
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