Body Neutrality é um novo movimento que propõe um olhar neutro sobre o físico das pessoas.
A ideia é incentivar a autoconfiança de uma forma natural e não exagerada, e por isso ele vem ganhando popularidade nos últimos anos.
O amor-próprio acontece de forma suave dentro do movimento, e vai de acordo com o tempo de cada um.
De acordo com Anne Poirier, diretora do programa Body Neutrality do Green Mountain at Fox, nos Estados Unidos:
“A ideia é criar um espaço psíquico que não corresponda ao amor e nem ao ódio ao que vemos no espelho já que se você disser para uma pessoa que a única saída é amar aquilo que ela nunca gostou, ela pode ficar ainda mais desesperada por não saber como fazer isso”.
Enquanto o movimento de positividade corporal pressupõe a aceitação e a vigilância acentuada do próprio corpo, culminando na necessidade da autoaceitação e do amor próprio, o movimento da neutralidade corporal não obriga ninguém a se amar compulsivamente, mas também não aceita ódio a si mesmo nem inseguranças crônicas.
A ideia é buscar o equilíbrio.
Assim, as pessoas que não conseguem se sentir bem consigo mesmas o tempo todo não se sentirão culpadas por não terem uma imagem positiva do próprio corpo.Além disso, o movimento de positividade corporal deixa algumas pessoas ansiosas. Pesquisas indicam que repetir afirmações positivas nas quais você não acredita pode ser psicologicamente tóxico e colaborar para piorar a autoestima.
A neutralidade corporal, por sua vez, se baseia em reconhecer o que seu corpo faz, não o que ele aparenta. E o seu corpo faz muitas coisas: ele permite que você dance, se exercite, viaje, faça compras, conheça novas culturas, abrace as pessoas que você ama, etc.
E você sabe quando a expressão “neutralidade corporal” começou a ganhar notoriedade? Foi através do programa de TV da apresentadora Anne Poirier, na Fox Run, em 2016.
Poirier busca ajudar as pessoas a reconhecerem que amar o próprio corpo nem sempre é uma meta realista, mas que ficar no meio do caminho (adotar uma postura neutra em relação ao próprio corpo) pode ser a saída mais saudável. Enxergar o corpo como um veículo que exige cuidado e carinho pode fazer você se deslocar pelo mundo com mais alegria, saúde e consciência.
“Quando passamos menos tempo pensando no corpo, temos tempo para nos concentrar em outras coisas.
Ficar obcecado e julgando a própria aparência o tempo todo exige muita energia mental. Acima de tudo, esse tipo de pensamento nos impede de curtir as experiências e de estar presente em nossas vidas.ADVERTISEMENT Muitas vezes caímos na armadilha de amar ou odiar nosso corpo.
Acho que esse movimento é uma oportunidade de encontrar um meio termo”, comenta Alison Stone, psicoterapeuta de Nova York.
Como praticar a neutralidade corporal:
Para praticar a neutralidade corporal, Alison Stone recomenda:
“Tento enfatizar a importância de se sentir saudável, em vez de focar na aparência externa. Incentivo [em meus clientes] a curiosidade e a exploração do que os fazem se sentirem bem – talvez uma aula de ioga, passear com o cachorro, fazer massagem. Há muitas maneiras de nutrir o corpo. Estamos falando da alimentação, mas também dos nossos rituais diários”.
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Bobbi Wegner, psicóloga de Boston especializada em estresse, diz que a neutralidade corporal pode ajudar a diminuir a ansiedade e melhorar o humor. Ela sugere fazer um pequeno exercício toda vez que você se pegar pensando negativamente a respeito do seu corpo.
“Note as sensações físicas, como a pressão da cintura da calça, por exemplo.
Note as sensações, sem julgá-las. Então, tente retornar a um estado neutro. Wegner recomenda pensar na força e no poder do corpo, em vez da aparência. Concentre-se na força das pernas, no trabalho constante e determinado dos pulmões e do coração, o poder dos braços, a inventividade do cérebro.ADVERTISEMENT Tome nota disso e concentre-se no trabalho que seu corpo faz a cada minuto de cada dia.
Seja grato”, diz ela.
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