A época do carnaval é conhecida por suas fantasias coloridas e cheias de penas.
É comum que as pessoas se fantasiem como índios, usando saias, cocar e pinturas no rosto. No entanto, seria essa uma prática racista?
A ativista indígena Katú Mirim garante que sim, que a “homenagem” nada mais é do que um disfarce para a prática racista, por se apropriar da cultura de um povo que até hoje sofre com o genocídio. Katú postou um vídeo no Youtube explicando sobre como o uso de trajes indígenas é racista e levantando a tag #ÍndioNãoÉFantasia.
“Usar fantasia de índio é racismo porque discrimina nossa raça, fortalece o estereótipo do índio folclore e a hipersexualização da mulher indígena” disse Katú, em entrevista ao Catraca Livre.
Provando que ela tinha razão, a ativista recebeu diversos comentários maldosos e racistas em seu vídeo, como “volta para a aldeia” e “índio que é índio mora no mato”. Isso só prova o quão certa ela está por defender essa causa.
Katú contou que decidiu fazer o vídeo sobre o assunto depois de se deparar com diversas fantasias indígenas na rua 25 de março, em São Paulo. Vendo as vitrines das lojas repletas de cocares, ela sentiu como se estivesse vendo seus ancestrais e ela própria pendurados nas vitrines.
“Os povos indígenas já são estereotipados e descriminados, e a sociedade só lembra da nossa existência quando lhe convém, como é o caso da fantasia, que pega os nossos símbolos sagrados e os transforma em mercadoria e meros adornos descartáveis”, declarou.
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Em 2017, a ativista fundou o movimento “VI Visibilidade Indígena”, que luta pelos direitos e representatividade dos povos indígenas.
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