No dia 20 de agosto, Mark David Chapman, assassino do cantor John Lennon, pedirá liberdade condicional pela décima vez.
Nas últimas nove vezes, ele foi rejeitado. No entanto, dessa vez as coisas podem ser diferentes.
O Conselho de Liberdade Condicional tem estado disposto a dar mais ênfase ao comportamento de um preso atrás das grades, do que focar apenas na gravidade do crime. Alguns assassinos notórios, que tiveram sua liberdade condicional negada diversas vezes, foram libertados nos últimos meses.
No dia 8 de dezembro de 1980, Chapman atirou em John Lennon em frente à sua casa em Nova York, depois que o cantor vinha de uma gravação noturna. Ele foi sentenciado a prisão perpétua, porém com o direito de pedir prisão condicional após 20 anos de pena cumprida. Ele está atualmente no Centro Correcional de Wende.
Em audiências anteriores, Chapman declarou ter encontrado Jesus enquanto está atrás das grades, e seu comportamento foi elogiado por sua “aceitação da responsabilidade de seu crime, e vívido entendimento de que seu ato foi premeditado, egoísta e maligno“.
Chapman declarou que atirou em John Lennon por conta de sua fama e de uma crença distorcida de que o roqueiro era um falso por viver um estilo de vida de elite.
No momento, ele é mantido em custódia protetora contra sua vontade e trabalha como funcionário administrativo. Ele tem permissão de sair de sua cela por no mínimo três horas por dia. Ele também pode receber visitas conjugais da esposa, Gloria Hiroko Chapman, que se casou com ele 18 meses antes do assassinato.
Yoko Ono, viúva de John Lennon, que esteve presente na cena do crime, já enviou diversas cartas pedindo ao conselho para que Chapman permaneça preso, pois ela teme por sua segurança e a de seus filhos. O assassino também corre risco fora da prisão, já que os fãs do ex-Beatle podem querer fazer vingança com as próprias mãos.
Chapman já declarou que está disposto a pagar por seu crime na cadeia “o tempo que precisar ou para sempre“. Será que ele terá sua liberdade condicional aceita dessa vez?