Quando se fala em câncer de mama, logo pensamos que é uma doença exclusiva das mulheres.

No entanto, apesar de ser raro, também acomete aos homens. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, estes casos representam 1% do total de tumores de mama. No Brasil, por exemplo, a doença mata cerca de 14 mil mulheres por ano e menos de 200 homens.

 

Por mais que os números possam parecer pouco expressivos, os especialistas reforçam a importância da conscientização e prevenção também para eles. Afinal, os casos câncer de mama masculino são ligados a uma maior taxa de mortalidade. Isto ocorre por conta da demora no diagnóstico que, na maioria dos casos, ocorre já quando a doença está em um estágio mais avançado.

 

Segundo a médica Cristiane Nimir, associada ao Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio Libanês, homens apresentam uma resistência em procurar um especialista. “As pessoas acreditam que o mastologista é um médico apenas para mulheres e, por isso, há um preconceito e uma resistência masculina em procurar ajuda”, disse em entrevista ao Estadão.

 

Os sintomas são os mesmos apresentados pelas mulheres. Em geral, há o aparecimento de nódulos na região das mamas e abaixo das axilas, além de secreção nos mamilos. Para os homens, no entanto, é até mais fácil de perceber os sinais, já que a glândula mamária é muito menor. Assim, os nódulos são mais facilmente encontrados.

 

Não existe tratamento específico para câncer de mama em homens. Em geral, são usados os mesmos métodos prescritos para mulheres. Dependendo da necessidade do paciente, poderá incluir a mastectomia – cirurgia que remove boa parte da mama –, quimioterapia, radioterapia, medicamentos específicos e hormonoterapia.

 

Mesmo sendo uma doença rara, é importante que os homens fiquem atentos aos sinais. Fazer o autoexame para procurar por possíveis nódulos também é de extrema importância. Caso haja algum fator de risco, como histórico familiar, é fundamental que um médico seja consultado regularmente para que sejam feitos exames com certa frequência. Quando o câncer é detectado logo no início, as chances de cura são muito maiores.