0pt; color: #333333;">Michelle Carter, de 20 anos, foi considerada culpada de homicídio involuntário, ou seja, sem intenção de matar. Em 2014, Carter foi acusada de encorajar o namorado de 18 anos, Conrad Roy, a se matar.
Roy, que teve uma longa história de doença mental, cometeu suicídio em 12 de julho de 2014. Embora não fosse sua primeira tentativa de se matar, o testemunho revelou que o estudante de ensino médio ficara assustado depois da sua primeira experiência suicida e resolveu deixar de lado o intento. Foi Carter quem lhe disse para tentar se matar novamente, e o garoto seguiu as suas instruções. Seu corpo foi descoberto mais tarde, a poucos quilômetros de Boston.
Durante o julgamento, várias questões críticas foram levantadas pelos especialistas.point 125 | Pode uma pessoa ser condenada pela morte de alguém, mesmo tal pessoa não estando presente no momento da morte? Pode uma pessoa ser acusada de matar ou encorajar alguém a matar, apenas por mensagens de texto? Essas questões são vitais, porque em Massachusetts, ajudar uma pessoa em seu suicídio não é considerado crime.point 391 |
Mas, as mensagens de texto enviadas por Michelle Carter, naquela época com 17 anos de idade, deixavam clara a sua influência na tragédia.point 115 | 1
Quando Carter foi audiciada em 2014, ela deixou o veredicto nas mãos do juiz Lawrence Moniz, o juiz do tribunal juvenil do condado de Bristol, que disse que “este tribunal descobriu que as ações de Carter criaram um dever para Roy que o levou a suicidar-se, e tal postura de Carter deve ser entendida como imprudente’’.point 315 |
Assim, o tribunal concluiu que a conduta de Carter causou a morte de Roy.point 60 | 1
Na terça-feira, a promotora Maryclare Flynn abriu a declaração dizendo que Carter fez um “jogo doentio” e arriscou a vida de seu namorado, e passada a tragédia, desempenhou um papel de “namorada aflita” por atenção e simpatia. Além da acusação da promotora, até mesmo o juiz, L. Moniz, acreditou no papel de Carter na morte de Roy. Foi ela que o encorajou a seguir em frente na sua angústia por matar-se.
Ela escreveu: “Você não deve pensar nisso. Você só precisa fazer isso. E você disse que ia fazer isso. Eu só não entendo por que você não fez ainda”, ela lhe disse uma das mensagens de texto.
“Eu também não entendo por que ainda não fiz. Eu não sei “, respondeu o menino nervoso, ao que Carter respondeu:” Então acho que você não vai fazer isso. E tudo aquilo por nada. Estou apenas confusa. Você estava tão pronto e determinado antes. “
Apesar de estar ciente de como e quando Roy iria se matar, Carter não fez nada para salvar o pobre menino. Na verdade, ela estava conectada a Roy, como se estivesse presente quando ele cometeu o suicídio, e em vez de desencorajá-lo, ela pressionou o garoto assustado a seguir em frente. Depois da morte do rapaz, ela admitiu para a sua amiga, através de mensagens de texto, o papel que havia desempenhado na morte de Roy.
“Alguns momentos antes do Carter morrer, acho que eu meio que deixei-o fazer isso. Eu sabia que ele estava no estacionamento do K-mart. Eu sabia que ele iria usar o gerador para inalar monóxido de carbono. Eu sabia tudo. Eu sabia o que ele iria fazer, mas não o detive nem liguei para ninguém”, escreveu Carter.
“A morte de [Conrad] foi minha culpa. Eu honestamente poderia tê-lo parado. Eu estava no telefone e ele saiu do carro porque estava trabalhando e ficou assustado e eu disse-lhe para voltar. Se eles lerem minhas mensagens, eu estou ferrada. A família dele vai me odiar, e eu poderia ir à cadeia,” disse Carter no texto.
De acordo com o juiz, a garota foi indiciada não apenas com base em suas mensagens de texto, mas porque ela ouviu o garoto sufocar sem manifestar nada. “Ela não emitiu nem uma simples instrução adicional, como ‘saia do caminhão’’, disse Moniz, enquanto anunciava o veredicto final.
Michelle Carter enfrentará até 20 anos de prisão, a partir de 3 de agosto, considerada culpada por homicídio involuntário.point 144 | O tribunal identificou sua “presença virtual” com a vítima no momento do suicídio e a “pressão constante” que ela exerceu para que Roy se matasse, o que constituía prova suficiente de uma acusação de homicídio involuntário.point 356 | 1
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