Nesta terça-feira (16), Suzanna Freitas, filha da cantora Kelly Key, fez um desabafo sobre autoaceitação.
Usando a ferramenta Stories, no Instagram, ela revelou que começou a alisar os cabelos ainda muito jovem. “A minha primeira progressiva no cabelo foi aos 5 anos de idade”, revelou ela.
O problema, de acordo com Suzanna, era a falta de aceitação. “Na época, não existia a aceitação que hoje a gente tem, nem o feminismo. Quando eu era menor, não existia isso de ‘você é linda do jeito que é’, até porque a internet não era muito ‘A internet’”, comentou.
Ela disse ainda que teve dificuldade de gostar de seu cabelo natural. “Não existia muito essa aceitação de ‘cabelos minoria’, como cabelos cacheados ou crespos. Querendo ou não, os cabelos lisos são maioria. Como os cabelos lisos eram ‘mais bonitos’, eu achava o meu feio. Hoje eu consigo ver que o meu cabelo era bonito, mas ninguém me falava”.
Suzanna contou também que já sofreu bullying por causa do cabelo. “Eu já sofri bullying por causa do cabelo porque ele era muito cacheado. Os cabelos das minhas amigas sempre foram lisos. Já fui chamada de ‘poodle’. Como minha vó era dona de salão, eu fiz minha primeira progressiva. Isso tudo começou por uma questão de bullying mesmo”, revelou.
E refletiu: “Criança quando sofre bullying, quando vê que é ‘minoria’, começa a se sentir inferior e quer mudar. Eu não tenho mais vontade de deixar ele cacheado como antes. Mas eu queria não ter me importado com isso tão cedo. Talvez se fosse uma decisão minha, mais para frente, isso faria com que eu fosse uma criança mais leve. Antes de eu fazer progressiva, eu fazia escova no meu cabelo e não entrava na piscina”.
A jovem disse que voltou a usar os cachos aos 8 anos, mas decidiu alisar novamente após alguns comentários nas redes sociais: “A internet estava virando internet e eu lia comentários do tipo ‘Kelly, sua filha é horrorosa’, ‘cuida do cabelo da sua filha’.
Tanto que até os meus 13 anos o meu Instagram era privado.
Mas antes disso a minha mãe não queria que eu fosse uma pessoa pública porque ela achava que eu não ia conseguir lidar com os comentários. Eu era muita nova. A melhor decisão que tomei foi não ligar para críticas.É lógico que sofri.
Mas enfrentei e até hoje é meio difícil não me irritar com algumas coisas”.