13 anos atrás, Michael English foi diagnosticado com câncer de próstata agressivo no estágio 3 a 4.
Essa é uma forma da doença que tem uma taxa de sobrevivência muito baixa.
Os médicos tentaram de tudo, de terapia hormonal a quimioterapia e radioterapia. No entanto, seu tumor continuou retornando.
Desde 2005, o câncer de Michael voltou quatro vezes. As células cancerígenas estavam conseguindo contornar os remédios.
Então, ele foi selecionado para fazer parte de um teste médico de uma nova droga de imunoterapia que usa mecanismos que já existem no corpo para atacar e matar as células cancerosas para sempre.
Michael achava que já era a hora dele, pois foi transferido para a ala de cuidados paliativos para tornar sua morte indolor depois que seu câncer voltou.
Mas cientistas britânicos descobriram que o que tornava as células cancerígenas perigosas – a capacidade das células doentes de escapar dos melhores tratamentos e sofrer mutações – também pode ser o calcanhar de Aquiles desses organismos.
Pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer descobriram que toda vez que uma célula cancerosa sofre mutação, ela deixa uma impressão digital biológica, e nosso sistema imunológico pode ser ensinado a procurar por essas impressões digitais e a matá-las para que nunca mais voltem. Isso é chamado de imunoterapia do câncer.
Isso aconteceu no ano passado, quando Michael foi inscrito no teste de drogas pelo professor Johann de Bono, chefe dos estudos clínicos no ICR.
Ele não estava muito otimista, já que Michael já havia superado suas chances em termos de terapia convencional. Além disso, seus intestinos já foram devastados devido a tratamentos radioterápicos anteriores. Seu intestino grosso também havia sido perfurado, causando horríveis infecções. Michael também estava muito doente, então ele não seria capaz de resistir a uma cirurgia para reparar seu intestino.
Ele estava tão doente que só podia tomar 10 doses intravenosas do medicamento pembrolizumab, comercializado pelo nome de Keytruda, uma vez a cada três semanas.
Ele devia tomar 29 doses para completar o tratamento. No entanto, ele já estava muito doente.
Mas uma surpresa um dia apareceu nos exames: uma ressonância magnética para verificar seu progresso mostrou que o tumor havia desaparecido completamente!
Com o câncer desaparecido, Michael ficou forte o suficiente para fazer a cirurgia de estômago que ele precisava. E na semana passada, ele fez outro exame de câncer e ainda está tudo certo. O câncer continua exterminado.
“É absolutamente incrível“, diz ele.
Professor de Bono disse que os resultados de Michael foram “profundos e espetaculares” e ele acredita que a ciência poderia ajudar milhões de pacientes.
Apesar de sua fragilidade, Michael era um bom candidato para o teste, já que o DNA de seu câncer havia se transformado várias vezes para evitar o tratamento. Havia muitas impressões digitais de câncer para o medicamento pembrolizumab descobrir e atacar.
“Pacientes como Michael têm um defeito em um gene chamado CDK12, que controla como uma célula pode reparar falhas em seu DNA“, disse o Prof. De Bono. “No entanto, isso poderia ser um calcanhar de Aquiles, porque também causa um aumento no DNA desordenado que o sistema imunológico pode reconhecer mais facilmente como uma ameaça“.
A droga funciona pesquisando as células cancerígenas que se cobriram de proteínas para se esconder do nosso sistema imunológico. Então o remédio bloqueia essas proteínas, deixando o sistema imunológico identificá-las como uma ameaça e destruí-las.
O professor Charles Swanton, médico-chefe da Cancer Research UK, lembrou que queria estudar o campo em 1985, mas foi “fortemente desencorajado”. Isso porque ninguém achou que funcionaria, mas Michael é uma prova viva de que isso poderia acontecer.
Aliás, Michael não é o único paciente que experimentou os efeitos positivos de tais tratamentos!
Qual é a sua opinião sobre isso? Você acha que os médicos finalmente encontraram a arma certa para curar o câncer? Deixe-nos saber o que você pensa na seção de comentários abaixo!
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