O resíduo arqueológico mais antigo de queijo foi originalmente encontrado em 1885, mas foi esquecido e acabou perdido nas areias do Saara em um sítio arqueológico.
Redescoberto em 2010 por arqueólogos franceses em uma jarra dentro de uma tumba, o queijo data do século 13 a.C. e é basicamente uma massa esbranquiçada solidificada.
Apesar dos 30 séculos de exposição às condições do deserto, o composto reteve a composição química original, o que ajudou os cientistas a descobrirem a composição e a origem do queijo. Além disso, os pesquisadores detectaram bactérias muito perigosas dentro do queijo, o que indica que o composto é uma fonte de doenças para os seres humanos e, por mais delicioso que possa ter sido no passado, hoje ele deve permanecer longe do paladar humano.
As análises científicas mostram que o queijo foi produzido originalmente com uma mistura de queijo de cabra, ovelha e de um búfalo africano.
Ainda, foram encontrados marcadores peptídicos similares a Brucella melitensis, uma bactéria que causa brucelose (febre mediterrânea).
Conforme consta no Center for Disease Control (CDC), órgão de saúde dos EUA, em seu site:
“A forma mais comum de se infectar [com Brucella melitensis] é ao comer ou beber laticínios não pasteurizados ou crus.
Quando dormem, cabras, vacas ou camelos são infectados, e o leite deles se torna contaminado com a bactéria.Se o leite de animais infectados não forem pasteurizados, a infecção será transmitida às pessoas que consomem esses produtos provenientes do leite.
A brucelose não é fatal, mas é uma doença desagradável. Os sintomas incluem febre, suores noturnos, mal-estar e dores musculares, além de problemas de saúde a longo prazo, que incluem artrite, inchaços dos testículos, fadiga crônica e endocardite (inchaço do coração), entre outras condições”.
Quanto ao gosto do queijo, tudo indica que ele teria uma consistência parecida com o chevre, mas com um gosto “muito ácido”, segundo descreveu o professor da Universidade de Vermont, Paul Kindstredt, ao New York Times.
E aí, você encararia?
Fonte: Analytical Chemistry
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