Nesta semana, Xuxa Meneghel usou sua coluna na revista “Contigo!” para homenagear a mãe, dona Alda, falecida em 8 de maio.
“Só tenho a dizer: mãe, obrigada por, em toda a minha vida, ter me dado tanto amor. E, mesmo depois de não ter mais vida, derramar ainda mais amor por meio de outras pessoas. Muito obrigada!”, escreveu a apresentadora.
Desde o falecimento, Xuxa compartilhou seus sentimentos nas redes sociais, sempre sendo confortada por seus fiéis seguidores.
Para a coluna, ela resolveu abrir seu coração e contou como foi difícil o seu processo de luto. “Primeiro, achei que não conseguiria respirar, sobreviver. Porém, já ouvi dizer que, quando essas coisas acontecem, a gente fica adormecido, anestesiado ou mesmo protegido por Deus para não sofrer mais do que pode suportar”, acrescentou.
No entanto, nem todos foram tão solidários com a apresentadora.
Segundo Xuxa, muitos comentários recebidos foram bastante desagradáveis, desnecessários e não acalentaram seu coração. “O que falar quando alguém importante morre? O que transmitir para aqueles que estão ali, querendo que esse dia desapareça do mapa? Ouvi gente falar de luto e de luta.
Me diziam que ela estaria bem e não teria mais sofrimento, pois estava com Deus. Ou, o que foi pior: ‘Agora você ficará melhor, porque terá vida’. Oi? Quem disse que queria ter vida sem ela?. As pessoas (eu, você, nós) não estão preparadas para algo que todos sabemos que acontecerá: morrer ou ver a morte de alguém”, comentou a apresentadora.
View this post on InstagramADVERTISEMENT mas é difícil não ter seu cheiro por perto, mesmo que ela não pudesse abraçar mais, beijar mais , falar mais …. o meu desejo era te-la eternamente do meu lado… parece egoísmo, mas juro que é puro amor.
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Xuxa falou também sobre as pessoas que vieram lhe dar apoio e carinho, além dos desconhecidos que se mostraram muito solícitos e a encheram de amor. “Me lembro de tudo como se fosse um filme em que me envolvi nas cenas mais fortes.
Nesse roteiro haviam participações especiais, figurantes e quem só estava ali para aparecer. Vi pessoas que não encontrava há muito tempo, cheias de amor e carinho, querendo me dar colo, além de gente que sempre esteve presente e que, se pudesse, dividiria a dor comigo.
Observei e senti tudo isso de um lugar privilegiado. Pessoas que não me conhecem e rezaram por minha família e se preocuparam comigo. Isso foi muito louco, pois mesmo sendo uma pessoa pública, não imaginava que poderia deixar esse sentimento dentro das pessoas.
Vi pena, compaixão, carinho e amor de quem estava longe ou perto”, relatou a mãe de Sasha.
A apresentadora também lembrou a batalha da mãe contra o Mal de Parkinson. Dona Alda sofria da doença degenerativa por mais de 10 anos e acabou falecendo em decorrência de insuficiência respiratória. “O mais louco de toda essa situação? Mesmo a vendo ir dia após dia, deixando de falar e de se mover, até parar de respirar, nunca me preparei para esse momento.
Presenciei médicos treinados sofrerem comigo, vi padre ser amigo ao sentir a dor de uma alma frágil ficar órfã, percebi a vulnerabilidade dos meus irmãos que perderam o chão, o rumo, a direção…”, escreveu.
Ela também fez questão de exaltar a força da mãe, que sobreviveu e lutou por muitos anos, ultrapassando todas as expectativas.
“É um milagre! Ela resistiu o quanto pode, pois sabia que vocês me ajudariam a levar essa situação da maneira mais leve e correta possível. Esse milagre esperou que eu me preparasse (mesmo sem eu saber se isso é possível) e me fez repensar que, realmente, não somos nada sem amor.
Minha Aldinha era puro amor! E esse sentimento respingou até no momento em que ela deixou de estar aqui. Havia amor nos olhares, gestos, mensagens de Whatsapp, recados do Facebook, flores, abraços, choros e risos sem graça de cada um que se aproximou de mim querendo me dar amor”.
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