Colocar bebês de um ano no andador é um hábito que vem de muitas décadas atrás.
Para os pais que tomam essa decisão, é apenas uma forma de fazer com que a criança se locomova livremente com ajuda do equipamento. Inclusive, muitos acreditam que o andador colabora para o desenvolvimento do bebê, fazendo com que ele ande mais rapidamente.
Contudo, é exatamente o oposto. Hoje em dia, o andador é considerado tão prejudicial que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e alguns segmentos da sociedade civil se uniram para lutar pela proibição do uso do andador em todo território nacional.
Entenda os riscos:
Ensina a andar de forma errada
Ao usar o andador, a criança aprende a caminhar de forma errada, com as pernas flexionadas, o que pode levar ao encurtamento do tendão. Além disso, o bebê adquire uma postura incorreta, podendo acarretar problemas no futuro, má postura e problemas na coluna.
Prejudica as articulações do bebê
Ao colocar uma criança que ainda não consegue ficar de pé sozinha no andador, mesmo que com apoio, pode causar graves lesões nas articulações dos membros inferiores, já que a musculatura das pernas ainda não está devidamente fortalecida.
Atrasa o desenvolvimento psicomotor
Segundo estudos científicos, bebês que usam andador acabam demorando mais tempo para conseguirem ficar de pé e caminhar sem apoio. Além de engatinharem menos e conseguirem escores menores em testes de desenvolvimento.
Perigo de quedas
Por mais que alguns pais acreditem que os andadores são seguros, esses utensílios são considerados um dos mais perigosos para os pequenos. Andadores podem atingir velocidades muito mais altas do que a criança nessa idade consegue administrar, então, as quedas são frequentes. E muito arriscadas, já que o objeto pode virar, podendo afetar a cabeça e o pescoço do bebê.
Com tantos riscos para a saúde da criança, uma liminar expedida pela Justiça gaúcha proibiu a comercialização de parte dos andadores infantis no Brasil.
Infelizmente, essa medida abrange apenas um modelo dos quatro disponíveis no mercado.Além disso, só é válida para os andadores fabricados por nove empresas brasileiras, que correspondem a apenas 30% do mercado.
Então, o uso de andadores ainda é legalizado, apesar de ser condenado por pediatras e especialistas de desenvolvimento e segurança infantil.No Canadá, por exemplo, é proibido a venda e o uso de tais objetos desde 2007 e movimentos semelhantes estão acontecendo nos EUA e Europa.
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