Um São Paulo, houve um projeto de lei que pretendia instaurar um cardápio livre de carne às segundas-feiras em refeitórios, restaurantes e lanchonetes de órgãos públicos.
Iniciativa do deputado estadual Feliciano Filho (PEN), a proposta de lei objetivava lembrar às pessoas que os animais sofrem e têm direito à vida, assim como nós. Sendo um instrumento de reflexão, a Segunda Sem Carne pretende estimular nas pessoas um menor consumo de carne, cada vez mais consciente e mais humanizado.
Os únicos ambientes que foram liberados de aderir à Segunda foram os hospitais e demais unidades de saúde pública. Fora isso, se fosse aprovada e instalada, a lei imporia multa a quem desrespeitasse a nova regra (a multa equivaleria a pouco mais de R$ 7.500). Se a infração fosse reincidente, a multa dobraria de valor.
Feliciano Filho argumenta que o cardápio sem carne traria melhorias à saúde das pessoas e ajudaria a reduzir danos ao meio ambiente, gerando menos poluição e reduzindo o uso de água. A racionalidade por trás da iniciativa tem origem fora do Brasil.
A proposta é defendida por uma campanha internacional criada em 2003 pela organização The Mondays Campaign, a qual busca iniciativas que beneficiem a saúde das pessoas.
Em Ghent, na Bélgica, desde 2009 são servidos cardápios vegetarianos todas as quintas-feiras em escolas e demais órgãos públicos. Até na Argentina semelhante iniciativa já foi implementada! Lá vigora o Lunes Vegano (segunda-feira vegana), implementado pelo presidente Mauricio Macri. Em Nova York, Bill de Blasio, prefeito da cidade, implementou o “Meatless Mondays” (literalmente, segundas sem carne) em diversas escolas da rede municipal.
No caso do Brasil, a campanha Segunda Sem Carne é promovida e defendida pela Sociedade Vegetariana Brasileira desde 2009. A organização vem participando cada vez mais ativamente na sociedade, contribuindo para disseminar uma consciência que já chamou atenção da Europa e dos EUA. Dentre algumas cidades que aderiram à campanha em seu calendário oficial, destacam-se Curitiba (PR), Campinas (SP) e Teresina (PI).
O fato de muitas celebridades terem aderido à campanha também colaborou para que a iniciativa se difundisse mais facilmente.
A ideia de substituir a carne por alimentos mais saudáveis e menos danosos ao meio ambiente é sobretudo uma saída da zona de conforto e um posicionamento menos passivo frente à vida.Ao escolher ativamente o que vai em seu prato, a pessoa exercita inclusive um autoempoderamento.
A ideia já foi defendida pela notória apresentadora de TV americana Oprah Winfrey, pelos músicos Moby e Paul McCartney e inclusive pela ex-primeira dama dos EUA, Michelle Obama.Paul McCartney, vegano há mais de três décadas, fez uma versão própria da campanha, que ajuda a difundir ao lado de sua família. ‘’Meat Free Monday’’ (segunda livre de carne) é a campanha defendida pelo ex-beatle, que chegou a lançar músicas, clipes e livros de receitas sobre o assunto.
Em 2017, no mês de novembro, Paul produziu um pequeno vídeo narrado por ele para ajudar em sua campanha.
“Talvez esteja na hora de nos perguntarmos: ‘o que posso fazer enquanto indivíduo para ajudar?’ Bem, existe uma forma simples, mas eficaz de ajudar a proteger o planeta e todos seus habitantes. E começa com apenas um dia por semana”.
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Confira o vídeo abaixo:
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