Os feriados festivos também podem apresentar desafios, principalmente aqueles que exigem uma certa quantia de dinheiro na conta para os presentes e preparativos.
Murphy Trisha enfrentou, no ano de 2017, uma série de desafios. O pior deles foi um pouco antes do natal, quando um caminhão de reboque levou o seu carro e a deixou com uma taxa de retenção de apenas $735. Sem dinheiro para comprar um novo e sem meio de transporte, Trisha arcou com um altos gastos para se mover de um ponto a outro na cidade, e a falta de carro a prejudicou também no seu trabalho.
Mãe solteira de quatro filhos, Trisha previa que teria muitas dificuldades para comprar presentes aos seus filhos no Natal. Devido ao ano duro que os cinco tiveram de enfrentar, Trisha queria animar os filhos com presentes legais. A ideia de decepcioná-los na véspera data a deixava profundamente frustrada.
Uma semana antes das festas natalinas, Trisha não estava sentindo nenhum espírito natalino. Ela matutava dia e noite pensando como faria para recuperar o seu carro, pois assim não precisaria continuar dependendo da ajuda de outras pessoas e ainda poderia conseguir alguns bicos, para juntar dinheiro para seus filhotes.
Trisha é garçonete na lancheria Denny’s, e na época ela pensou que deveria assumir mais turnos no local. O seu chefe aceitou a proposta na hora, e Trisha começou a trabalhar mais no local.
Como ela estava sem carro, o fato de não precisar de deslocar entre um trampo e outro era muito bom. Ela poderia ficar no mesmo local, sem precisar se deslocar, se trabalhasse mais horas do que já trabalhava. Mas quem já trabalhou como garçom ou garçonete sabe que clientes podem ser muito estranhos e complicados.
Três fregueses de aparência suja sentaram-se em uma mesa no centro da lanchonete. O coração de Trisha apertou. Ela previa problemas. Todos eles pareciam vagabundos comuns, e Trisha não queria passar por nenhuma situação constrangedora.
Sem carro, Trisha não conseguia levar os filhos para a escola a tempo. Se ela sacrificasse seu tempo para fazer algum trabalho adicional por dinheiro extra, isso significaria que ela também deveria gastar mais para contratar uma babá para cuidar das crianças. Por isso, Trisha não estava confortável com a ideia de trabalhar mais, deixar seus filhos sozinhos e não dar conta de tudo sozinha. Na sua linha do tempo do Facebook, Trisha postou:
“Eu não conseguia dar o meu melhor no trabalho. Independentemente disso, assumia um sorriso falso no meu rosto e fingia que estava tudo bem. O trabalho não estava tão interessante como sempre costumava ser, e pensei que, com certeza, estava para baixo naquela semana.
Naquele dia, recebi três fregueses. Todos eles pareciam sujos e a situação toda parecia bastante crítica. Eu pensei no que faria para atendê-los da melhor forma possível, para nós quatro.”
O mais velho de todos eles constantemente incomodava Trisha com perguntas sobre como ela ia comemorar o Natal . Ela o informou que passaria a data com seus quatro filhos. O homem ainda brincou que gostaria de aparecer na casa dela e interpretar o Papai Noel; nesse momento, Trisha o convenceu de que era casada, exatamente o que as garçonetes jovens costumam fazer com clientes inconvenientes.
Com muito jeito, Trisha conseguiu lidar com os três fregueses, servindo-os do que lhe pediam e respondendo às perguntas inconvenientes. No entanto, o sujeito que queria ser o Papai Noel insistiu que Trisha deveria ser a única a atendê-los, inclusive na hora de levar a conta. Isso soou bastante estranho para a garçonete, pois já existe uma pessoa encarregada dessa responsabilidade no local.
“Ele insistiu que eu deveria levar a conta e realizar o pagamento. Eu achei muito estranho, mas fiz da mesma forma. Quando ele inseriu seu cartão, tinha um sorriso grande estampado no rosto. Então, quando o recibo imprimiu, fiquei estupefata e quase desmoronei”.
Trisha olhou para os três sujeitos e começou a chorar. Ela estava pasma. Era difícil acreditar que Papai Noel era, enfim, uma figura real.
Eles apenas sorriram e desejaram a Trisha um feliz Natal antes de sair pela porta. Ela chorou e comemorou e sorriu e agradeceu milhões de vezes em silêncio pela generosidade dos três homens.
“Eu não os conheço, não sei seus nomes nem mesmo de onde eles vêm, mas acho que eles sabem que são a única razão pela qual meus filhos vão comemorar o Natal “.
Trisha percebeu naquela lanchonete que pessoas boas ainda existem. Embora aquele tenha sido um Natal difícil, uma época cheia de desafios, aquele também foi um dia que permanecerá em sua memória por um longo tempo.
Ela gastou a generosa gorjeta deUS$ 500 de um Papai Noel real para recuperar seu carro e poder levar seus filhos à escola. E é claro: Trisha também comprou alguns presentes para seus quatro pequenos. Após o ocorrido, clientes estranhos, mal vestidos ou suspeitos passaram a ser encarados com menos preconceito por ela.
Afinal, nós nunca sabemos de onde surgirá um Papai Noel real.
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