Alguns estudiosos especulam que o cachorro é o mais antigo animal domesticado pelo homem, tendo provavelmente começado esse processo de aproximação através dos asiáticos, há mais de 100.
000 anos. Desde então, esses descendentes de lobos se mostraram nossos companheiros inseparáveis. Além de ajudarem na proteção de uma casa, os cães trazem principalmente alegria e afeto ao lar! A festinha que fazem pros donos e a simplicidade dos seus pedidos (um pouco de comida, carinho, brincadeira) nos tornaram completamente reféns da sua fofura. E isso não foi por acaso, não: ao longo do tempo, os cachorros foram adquirindo trejeitos específicos para cativar os humanos e garantir a sua sobrevivência. E funcionou!
Mas também não é fácil ser cachorro. Eles farejam, correm com a gente, buscam a bolinha, aprendem a sentar… e mesmo assim alguns sofrem preconceito!
Abaixo, separamos cinco tipos de cachorros que foram estigmatizados pela sociedade, mas que não correspondem inteiramente a esses estereótipos. Sempre é tempo de reconsiderar nossas opiniões, certo?
Os mal-encarados
Cachorros muito grandes e fortes tendem a intimidar pela sua aparência, ainda que não sejam necessariamente violentos.
No caso das raças Pit Bull, Rottweiller e Boxer, há muitos indivíduos que criam esses cães especificamente para que sejam agressivos e territorialistas, dados os atributos físicos dessas raças.Há inclusive grupos criminosos de pessoas que criam esses animais para que briguem entre si, seguindo uma lógica de rinha – o que é crime no Brasil e deve ser denunciado.
Assim, criou-se o estigma de que esses tipos de cães são violentos, traiçoeiros e extremamente imprevisíveis – o que é reforçado inclusive pela mídia.O que determina o comportamento do animal não é tanto a sua raça, mas o tipo de criação à qual ele é submetido. As raças citadas acima, bem como a Bull terrier, Dogue Alemão e Dobermann, são inteligentes, dóceis e brincalhonas – ainda que também sejam ótimas para proteger casas e propriedades. Recebendo amor e carinho, esses cães não atacarão ninguém (a menos que se sintam ameaçados, mas nesse caso qualquer animal costuma atacar).
Não parece evidente, então, que um animal sensível reaja violentamente e com medo frente a uma ameaça? Se um cachorro passa fome e sofre violência, como esperar que ele seja dócil?
É importante lembrar que os animais não têm noção de certo e errado, ainda que pareça que sim. Eles respondem aos reforços positivos e negativos da nossa parte. Se os recompensamos por determinada atitude, portanto, é provável que eles sigam repetindo essa ação. Dessa forma, parece mais plausível cobrar consciência dos donos, e não dos animais.
Os ”impuros”
Eles são 30% mais inteligentes que os outros cachorros e vivem, em média, quatro anos a mais do que estes. No entanto, são estigmatizados como impuros, sujos, feios e outras barbaridades sem sentido.
Os cães SRD (sem raça definida) ou, mais comumente chamados, os ”vira-latas” são resultados diretos da seleção natural.
Costuma-se dizer que quanto mais pura uma determinada raça, mas frágil é a sua saúde.